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Hospital Che Guevara abre ala para pacientes com alta de Covid que exigem cuidados

Foto: Vinícius Manhães

Entregue à população há um ano, o Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara está iniciando um novo projeto. A Secretaria Municipal de Saúde de Maricá vai abrir na unidade, em maio, uma ala com ambulatório e cuidados especializados dedicada aos pacientes pós-Covid. A ideia nasceu durante a visita dos consultores nacionais da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) – instituição vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS) – à cidade esta semana.

“Fizemos um estudo para criar no Che esse espaço de acompanhamento dos pacientes a partir das especialidades que temos percebido que são as mais frequentemente alteradas nos pacientes”, explica a secretária de Saúde, Simone Costa. “Teremos ali os especialistas da parte pulmonar, cardiovascular e a parte de fisioterapia respiratória. Será uma ala especializada nesses tratamentos que merecem nossa atenção no pós-Covid, a nível de reabilitação física e motora”, completa a secretária.

Para o médico coordenador da equipe multiprofissional do Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, Rogério Lima, o ambulatório pós-Covid trará benefícios à população na sequência do tratamento.

“Vamos poder avaliar no ambulatório algumas alterações de sequelas e/ou alterações na recuperação da convalescença dos pacientes, ou seja, é uma questão que vai atrás de segurança no atendimento, possibilitando a alta no momento adequado. Não é alta rápida, nem alta precoce, é alta no momento adequado, pelo seguimento pós-alta”, ressaltou Rogério.

O projeto será feito em parceria com o Melhor em Casa, composto pela equipe do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), e terá consultas, acompanhamentos, além de preparação e reabilitação de pacientes que ainda vão receber alta da unidade. Para o paciente George Sliachticas, de 73 anos, morador do Parque Nanci, em Maricá, foi uma alegria receber alta e perceber que sobreviveu à Covid-19.

“Recebi alta do Che dia 6 de janeiro. Sou muito agradecido a todos os profissionais que me atenderam no Che. Eu tive toda a atenção, era bem assistido dia e noite. Me trataram com muito carinho e isso me ajudou muito a me recuperar. Acho que será uma maravilha ter um local para voltar ao hospital com essa atenção especializada. Meu condicionamento físico e respiratório ainda não é o mesmo, fui melhorando com caminhadas e fiz fisioterapia com uma amiga, de forma improvisada, mas ter isso lá no hospital será ótimo. O pessoal que não está levando isso a sério, essa doença, não tem amor à vida. Sempre que passo em frente ao hospital, faço uma reza para os profissionais que são incansáveis lá dentro”, comentou George.

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