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Sindicato dos Professores é contra volta às aulas presenciais em Maricá antes da vacinação

O Sindicato dos Profissionais de Educação de Maricá (Sineduc) emitiu uma nota após ser informado pela mídia local de que a prefeitura planeja o retorno às aulas presenciais de forma híbrida no dia 7 de junho.

O sindicato é contra o retorno às aulas presenciais antes da vacinação dos profissionais da educação no município, o que não há previsão para acontecer. Confira a nota na íntegra:

“O SINEDUC, junto a comunidade escolar, recebeu ontem pelo JOM e pela mídia local, a notícia da previsão de retorno das aulas presenciais na rede municipal em 7 de junho, sem haver a previsão da data de vacinação dos trabalhadores da educação ou qualquer processo de negociação com os trabalhadores.

O posicionamento dos trabalhadores da educação da cidade desde o início da pandemia é de volta das atividades presenciais só mediante vacinação da comunidade escolar. Valorizar a vida em primeiro lugar e questionar toda e qualquer forma de negacionismo e naturalização das mortes.

Há cerca de 30 dias atrás estávamos em lockdown e em crise hospitalar, com a pandemia em um patamar nunca antes visto. Esta realidade ainda persiste, o mapa de risco do Estado do Rio de Janeiro para Covid-19 aponta nossa região em bandeira laranja e as regiões vizinhas, inclusive cidades limítrofes a Maricá, em bandeira vermelha, ou seja, risco alto de contágio. Estamos com uma média de mais de 200 mortes diárias há mais de 60 dias no Estado, são mais de 6 mil mortes por mês. Como podemos naturalizar essa situação?

As cidades vizinhas a Maricá: Niterói, São Gonçalo, Rio de Janeiro, reabriram suas escolas, e todos nós sabemos o resultado desse processo de reabertura sem vacinação da comunidade escolar, inúmeros casos de surtos de covid-19 provocando o fechamento das escolas, e o pior, vários trabalhadores da educação contaminados e mortos e que levaram o vírus e a morte para os seus lares, para as pessoas de seu convívio.

Solidarizamos-nos com todos os companheiros e companheiras que estão expostos a contaminação no processo de reabertura da economia de forma irresponsável pelo poder público, sem um avanço do processo de vacinação, tais como os trabalhadores da educação de Maricá que tem mantido as escolas abertas para fins administrativos: entrega de cestas básicas e kits às crianças. A reabertura total das escolas potencializa ainda mais esse risco para toda a cidade e já mostrou em todos os lugares o seu custo: a morte.

No dia 27 de maio às 18h teremos Audiência pública na Câmara Municipal de Maricá sobre a volta às aulas junto a Comissão de Educação.”

Fonte: Agência Brasil.

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