Policiais que participaram de uma ação no Complexo do Lins na última terça-feira (8) afirmaram ter dado sete tiros de fuzil. Durante o tiroteio, a jovem Kathlen Romeu foi atingida e morta.
Ao todo, 21 armas de policiais foram apreendidas. A Polícia Civil investiga o caso e tenta descobrir de onde partiu o disparo, mas já sabe que uma bala de fuzil cortou o tórax de Kathlen.
De acordo com a mãe da jovem, que estava grávida, sua filha foi morta por um policial militar.
“Se a minha filha fosse morta por bandido eu não falaria nada com vocês porque eu sei que eu moro em um lugar que eu não poderia falar. Então ficaria na minha. Mas não foi. Foi a polícia que matou a minha filha. Foi a PM que tirou a minha vida, o meu sonho”, disse Jaqueline de Oliveira Lopes.
A polícia nega. De acordo com a versão dos militares, uma guarnição da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) com quatro PMs foi atacada por bandidos e revidou.
A jovem estava em um dos acessos à comunidade, de onde tinha se mudado há um mês por medo da violência, quando começaram os disparos. Ela ia visitar a avó materna, Sayonara Fátima.
À Polícia Civil, o cabo Marcos Felipe da Silva Salviano disse ter disparado cinco vezes de fuzil e que seu colega cabo Rodrigo Correia de Frias atirou outras duas vezes.
As informações constam em dados da ocorrência da própria PM e no depoimento na delegacia. Cabo Salviano afirma que outras equipes da UPP também estavam em patrulhamento tentando cercar os criminosos, mas não soube informar se os outros policiais também dispararam.
De acordo com reportagem do “O Globo”, as munições foram recolhidas do local onde Kathlen foi morta e nenhum vestígio foi encontrado.
As munições apresentadas na delegacia estavam intactas.
Fonte: G1.