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    Três estudos mostram que maioria de casos graves e mortes por Covid é de pessoas sem vacinação completa

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    Três estudos realizados em diferentes estados brasileiros concluíram que a maioria esmagadora de casos graves e de mortes por Covid é de pessoas sem a vacinação completa.

    A eficácia das vacinas já se comprova do lado de fora dos hospitais, onde está a maior parte da população vacinada. Um estudo inédito do Instituto de Infectologia Emílio Ribas acompanhou pacientes internados por complicações de Covid no estado de São Paulo. De janeiro a 15 de setembro deste ano, foram 1.172 internações. Quase nove em cada dez que precisaram de hospital não tinham completado a vacinação. Já o número de óbitos pela doença foi quase 15 vezes maior entre os não imunizados.

    “Chama muito a atenção o número muito importante de internações confirmadas por Covid em indivíduos ainda não vacinados”, destaca Ana Freitas Ribeiro, médica do Instituto Emílio Ribas.

    Olhando de perto o perfil dos vacinados que precisaram de internação, 83% tinham doenças pré-existentes. Ainda assim, menos da metade precisou de UTI.

    “É muito bom para que aquelas pessoas que ainda tenham dúvidas em tomar sua vacina ou que estejam com seu calendário atrasado – tomou primeira, falta segunda, falta reforço – que procurem as unidades de saúde e faça sua vacinação”, diz Ana Freitas Ribeiro.

    Um outro estudo da Fiocruz, de Mato Grosso do Sul, faz coro. A partir de dados nacionais, os pesquisadores traçaram o perfil de pacientes que não sobreviveram à Covid entre 1° e 26 de setembro. Na população até 59 anos, só 12% dos que morreram tinham completado o esquema de vacinação. Na mesma faixa etária, os não totalmente vacinados somaram 85% do total de mortos.

    “A gente tem uma população grande de pessoas que, infelizmente, vieram a óbito com apenas uma dose da vacina. Então, é importante reforçar que a proteção máxima é com 14 dias pós a segunda dose de vacina”, ressalta Júlio Croda, médico infectologista da Fundação Oswaldo Cruz.

    No mundo todo, o surgimento de novas variantes do coronavírus trouxe preocupações. No Brasil, os dados mostram que, mesmo diante da delta, que tem maior capacidade de transmissão, o número de mortes está caindo, e que as vítimas fatais são principalmente pessoas que não completaram o esquema de vacinação.

    A Universidade Federal de Minas Gerais olhou de perto a evolução da doença em infectados por diferentes variantes internados no estado. Entre os pacientes que não sobreviveram, 67% não estavam vacinados; 22% tinham apenas uma dose ou menos de 15 dias da segunda; e apenas 11% completaram o esquema de vacinação contra a Covid.

    “A gente tem que pensar que toda vez que um vírus encontra uma barreira, que é uma pessoa vacinada, diminui sua chance de transmissão. Então, quanto maior número de pessoas que estiverem vacinadas, menor vai ser a circulação do vírus na nossa população, e muito mais fácil de a gente controlar a pandemia de Covid-19”, explica o virologista da UFMG Renato Santana.

    Fonte: g1.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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