Moradores do estado de São Paulo com viagem internacional marcada podem adiantar a data da segunda dose da vacina contra a Covid-19. Além disso, quem se vacinou com CoronaVac e estiver embarcando para um país que não aceita o imunizante pode receber uma dose de reforço de outro imunizante antes da data de embarque.
A antecipação da segunda ou da terceira dose para viajantes foi determinada pelo Ministério da Saúde em nota técnica publicada no último dia 22, e a orientação é aceita pelo governo do estado de São Paulo.
Na prática, a medida autoriza pessoas fora dos grupos prioritários a tomar uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 caso tenham uma viagem comprovada.
A regra se aplica para pessoas que comprovem uma viagem, com passagem já reservada, para um país que exija a vacinação completa contra a Covid-19 para a entrada de estrangeiros. A recomendação da pasta para a segunda dose é a de que seja respeitado o intervalo mínimo de 21 dias para a vacina da Pfizer e de 28 dias para a AstraZeneca.
Além da redução do intervalo dos imunizantes, o ministério ainda permitiu que viajantes vacinados com as duas doses da CoronaVac, com passagens para países que não permitem a entrada de passageiros vacinados com esse imunizante, recebam uma terceira dose de outro imunizante aceito pelo país de destino. Nesses casos, o intervalo entre a segunda dose da CoronaVac e a terceira dose do outro imunizante deve ser de pelo menos 28 dias.
O governo de São Paulo confirmou, em nota, que o programa estadual de imunizações está seguindo essa orientação do Ministério da Saúde, mas reforçou que é de responsabilidade dos municípios a devida aplicação dos quantitativos recebidos e o cumprimento do plano de imunização.
A prefeitura da cidade de São Paulo informou que, para receber as doses antecipadas, os viajantes precisam apresentar no posto de vacinação a passagem emitida pela empresa de transporte aéreo, terrestre ou portuário.
Para a infectologista Rosana Richtmann, não há muitos dados pra saber como o reforço funciona com um intervalo menor do que seis meses após a segunda dose.
“Na situação de você fazer uma terceira dose ou uma dose adicional por motivos de viagem, sem respeitar esse intervalo, a experiência é muito menor. Não estou falando que possa dar problemas, mas este dado a gente conhece muito menos”, explica Richtmann.
No entanto, a especialista lembra que quanto mais pessoas puderem se vacinar contra o coronavírus, melhor.
“A a última coisa que a gente quer é desperdiçar dose de vacina, nós estamos no meio de uma pandemia, então quanto mais pessoas vacinadas, melhor. É claro que nós precisamos otimizar os nossos recursos, mas otimizar de um jeito bastante racional”, afirma.
Vacinação em SP
A cidade de São Paulo aplica nesta sexta-feira (5) primeiras doses, segundas doses e doses de reforço da vacina contra a Covid-19 nos grupos já liberados para cada etapa do processo vacinal.
Todos os postos da rede estão em operação para atender aos públicos elegíveis: 469 Unidades Básicas de Saúde (UBSs); megapostos com acesso a pedestres, postos que funcionam exclusivamente em sistema drive-thru e a rede de farmácias parceiras.
A vacina também está disponível em 82 AMAs/UBSs Integradas, unidades do Serviço de Atenção Especializada (SAE) e nos Centros de Saúde. (Veja a lista completa dos endereços)
Pelo Filômetro, é possível acompanhar a situação de espera nos postos que estão em funcionamento na cidade. Na página também é possível conferir quais vacinas estão disponíveis para aplicação de segunda dose em cada unidade.
Fonte: G1.