Ícone do site GAZETA 24HORAS RIO

Erros na cobertura da morte de Marília Mendonça servem de lição para TV

Antes mesmo da notícia da morte da cantora Marília Mendonça ser confirmada na sexta-feira (5), a cobertura da televisão sobre o caso já era marcada por uma sucessão de erros. Desde então, foram imagens do corpo da cantora, do enterro restrito aos familiares e amigos e até exposição de artistas visivelmente abalados, como foi o caso da Luísa Sonza no “Domingão com Huck”.

Cristiana Padiglione, do F5, comenta que várias emissoras de televisão aberta cometeram diversos erros durante a cobertura do acidente que matou Marília e outras quatro pessoas. Para ela, o desafio é aliar uma boa homenagem com informações e repertório que não pareçam uma exploração do fato.

“Algumas emissoras ficaram em looping com algumas imagens, informações e erros da aeronave. Num acidente sempre há muito para buscar e a carreira da Marília também tinha muita coisa pra ser dita. A exploração começa onde não há mais informação e fica um looping de lamúrias, choros e tal.”

Segundo Padiglione, outro ponto a ser levado em conta com seriedade pelas emissoras é a apuração das informações.

“Quando você não tem informações precisas, o melhor é dizer que não tem mesmo, que não chegou nada que seja seguro de divulgar. Acho que fica a lição para a televisão. A gente tem como exemplo também o caso da morte do Gugu, que foi super bem administrado e as informações divulgadas de forma cuidadosa. São episódios que ficam de lição para estudarmos também.”

Colunista de Splash Chico Barney acrescenta que a responsabilidade da imprensa em veicular informações precisas é ainda maior diante da concorrência com os aplicativos de mensagem e redes sociais, onde circulam muitas fake news. Existem pessoas produzindo conteúdo que muitas vezes é falso e duvidoso. Isso aumenta a responsabilidade da imprensa, que faz uma cobertura profissional. É onde as pessoas vão de fato conseguir ter um equilíbrio sobre os fatos.

Fonte: Uol

Sair da versão mobile