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    Novembro: o mês da reflexão, o mês da consciência negra – Artigo Fátima Moura

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    O dia 20 de novembro é marcado como o dia da morte de Zumbi dos Palmares, o Dia Nacional de Zumbi, o dia da Consciência Negra.

    Zumbi foi o negro que dirigiu o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, mantendo ali negros que fugiram do perverso açoite, negros livres que optaram por se aquilombar com os seus.

    Este mês foi o escolhido para reflexão sobre quais mudanças ocorrem no tratamento ao povo negro.

    Quais avanços ocorrem na sociedade brasileira do século XXI para coibir o “racismo institucional”, o preconceito?

    Sabe-se que o “racismo institucional” é aquele que acontece sem que tenhamos noção que seja racismo, como por exemplo em um supermercado, shopping, lojas, quando entra um negro “muita ou pouca tinta”, bem trajado ou não, bigode fino ou não, aguça o sentido dos seguranças, que começam a seguir o “suspeito”.

    Um recente exemplo foi o noticiado pela imprensa, que o negro forte que consolava a mãe da falecida cantora sertaneja Marília Mendonça, era o “segurança” da família, quando em realidade era o marido da mãe da cantora.

    Outro caso foi o da Delegada de Polícia, que com sorvete na mão foi impedida de permanecer na grande loja de roupas, no estado do Ceará. Sim, ela no teria razão de entrar e permanecer na loja com sorvete na mão se não estivessem lá dentro vários brancos comendo, bebendo e sem ser chamado atenção ou convidado a se retirar do ambiente como ocorreu com aquela mulher preta, que era uma delegada de polícia.(noticiado no site do https://g1.globo.com/ceará/noticia “Delegada negra barrada em loja da Zara…”)

    Outro exemplo, se um negro jovem, desses bem trajados, de porte atlético estiver dirigindo uma Ferrari, polícia não admite, e promove revista indevida pode até conduzir o “suspeito” a delegacia. Não admite que seja um advogado(a), professor(a), médico(a), cientista, jornalista.

    Daí surge o necessário dia de pensarmos e questionarmos: de fato os negros brasileiros podem respirar como qualquer ser humano? Está garantido o amplo espaço nos espaços social, de trabalho, educação? Está garantido o seu direito de ir e vir sem as inconvenientes intervenções e olhares suspeitos dos seguranças, polícia e pessoas comuns?

    É possível perceber que o racismo institucional persiste, basta ler jornal, assistir televisão, acompanhar nas redes sociais.

    A mídia, as redes sociais vêm sendo o freio e contrapeso imediato e midiático nessa prática tão antiga, contudo mascarada, de racismo institucional, aquele que negamos ser racismo.

    Graças a muito luta, nestes novos tempos já podemos ver negros como âncoras em empresas televisivas, cuja ocupação deste espaço não seria possível não fosse o árduo trabalho dos inúmeros movimentos de negros espalhados nos quatro cantos do mundo.

    No Brasil temos Movimentos como o tradicional Movimento Negro Unificado-MNU(1978), UNEGRO(1990), IPCN-Instituto de Pesquisa da Cultura Negra(1976), FEMENEGRAS (2000), dentre outros, no firme propósito de acabar com o racismo, preconceito, dar visibilidade ao povo negro.

    Quanto a mulher negra, continua na estatística como a que mais sofre Feminicidio com espancamento seguido de morte. (https://www1.folha.uol.com
    br, “Mulheres negras têm 64% mais risco de serem assassinadas…”)

    O dia 20 de novembro, marcado pela morte de Zumbi dos Palmares, foi o dia escolhido como o dia que a sociedade brasileira deve parar para refletir sobre o quanto evoluímos na resistência ao racismo e preconceito, se o ser humano negro já é visto integralmente como “ser humano”.

    Texto: Fátima Moura

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    Alexandre R. Ducoff
    Alexandre R. Ducoff
    Formado em jornalismo no ano de 2020. Já trabalhei como fotógrafo e cinegrafista no Atitude Video Art, fotógrafo no Estúdio Novo Olhar, redator do informe-se, repórter do M1newstv Maricá Noticiais e criador de conteúdo da CEIC. Atualmente trabalho como redator, editor e cinegrafista no Gazeta 24 Horas News.

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