Há quase duas décadas é celebrado o Dia da Consciência Negra. A data foi instaurada devido à morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes do povo negro no Quilombo dos Palmares, em Alagoas.
A celebração foi instituída no ano de 2003, e o marco se tornou um símbolo de resistência negra, tendo em vista, que estes movimentos reivindicam respeito, direitos e se tornando referência para a cultura afro.
E para isto, entrevistamos o Paulo. Que além de quilombola, é Babalorixá (Pai de Santo) do Ilé Àse Ògún Àlákòró, é escritor e publicou a sua última edição em homenagem ao
Quilombo Quilombá.
Segundo ele, o desenvolvimento do livro teve como objetivo perpetuar o esclarecimento da religião.
“Como fomos contemplados pela Lei Aldir Blanc, que prevê auxílio financeiro ao setor cultural, isso nos levou a possibilidade de fazer o registro da nossa história. Isso é de suma importância, já que a história é contada pela oralidade e acaba assim, perdendo alguns registros.
O meu intuito é deixar para gerações futuras esta herança, fazendo com que elas se sintam cada vez mais pertencentes perpetuando todo esse processo histórico”, contou ele.
O Babalorixá ainda completou que precisamos entender que sofremos um processo histórico de povos escravizados e não escravos, até porque, ninguém nasce escravo.
O Quilombá fica no sexto
registro de Magé, e está aberto para visitações do público.