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    Que cidade você quer? – Coluna Alan Christi

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    Foto: Rafael Neddermeyer

    Vemos que muitas pessoas têm facilidade em saber e reclamar aquilo que não gostam, aquilo que não querem. Frases como “isso eu não tolero”, “isso eu não quero pra mim”, “isso é um absurdo”, “isso está errado”, “isso não deve ser assim” são comuns e de fácil colocação. A maioria das pessoas consegue de forma imediata exercer a habilidade reclamatória. Infelizmente, a proporção não é a mesma na função inversa: a de ter a convicção do que se quer para si e para o mundo ao redor. Saber propor e saber projetar aquilo que desejamos, aquilo que entendemos que seja a solução e o caminho para melhorar algo é muito mais difícil. Poucas pessoas conseguem fazer isso. Pensar, portanto, no que queremos para nós mesmos e para nossa vida e quais os rumos e decisões tomar, já é bem difícil. Imagine, definir, propor caminhos e direções que queremos para a cidade que moramos e para comunidade que fazemos parte. Aí é ainda mais complicado. Muito difícil mesmo. Não temos essa cultura. Não nos envolvemos, não geramos ideias para o bem comum, não assumimos a posição de fazer propostas, não nos damos o trabalho de criar projetos para a sociedade e para o lugar aonde vivemos.

    Você já se perguntou que CIDADE você quer para viver? Você já imaginou alguma proposta, algum projeto, alguma solução para seu espaço comunitário, para o local aonde mora?

    Ter sonhos é importantíssimo, mas transformá-los em realidade é muito melhor. O problema é que isso não acontece sem esforço e sem participação. É necessário o empenho direto de cada um para que as coisas aconteçam e para que as realidades mudem. Dá trabalho VIVER. Não se trata de deixar a vida passar e observar como quem vê um filme. Mas sim, de ser um dos protagonistas da história. Assumir um papel ativo e lançar-se ao lugar de construtor social, aquele que se debruça no papel de cidadania ativa, observando com atenção a dinâmica e as necessidades da vida social da cidade onde mora. Esse é o caminho certo para modificar a realidade. Quem disse que não somos nós os responsáveis por projetar e realizar a construção do cenário urbano e sócio-político? A questão é que não acreditamos nisso. Não nos empoderamos neste papel. Somos educados e formados para reproduzir e não para produzir. Nos ensinam o trabalho repetitivo e nos privam do pensamento colaborativo e criativo.

    Vamos pensar e idealizar a cidade que queremos? O que ela deve ter, como devem ser seus espaços, seus serviços, sua gente, seu povo? Vamos pesquisar como ela é? É necessário conhecê-la para poder colaborar com sua evolução. Suas belezas, suas potencialidades, suas deficiências, seus problemas, suas qualidades. Dessa maneira, é possível ter uma visão ampla e real do cenário urbano que se vive e a partir daí saber idealizar a cidade que se quer alcançar.

    Sinta-se pertencente ao seu local de moradia, à sua terra e aborde-a como sendo sua. Busque o crescimento da cidade em que vive e engrandeça-a com sua colaboração e com sua participação.  Não a esqueça nas mãos de quem não pode amá-la e não delegue essa responsabilidade a um único pensamento. Afinal, a cidade não pode ser de uns, deve ser de todos!!!.

    Por: Alan Christi 

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    Alexandre R. Ducoff
    Alexandre R. Ducoff
    Formado em jornalismo no ano de 2020. Já trabalhei como fotógrafo e cinegrafista no Atitude Video Art, fotógrafo no Estúdio Novo Olhar, redator do informe-se, repórter do M1newstv Maricá Noticiais e criador de conteúdo da CEIC. Atualmente trabalho como redator, editor e cinegrafista no Gazeta 24 Horas News.

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