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Agentes apreendem carro clonado da polícia em operação no Rio

Carro original e clonado da Polícia Civil do Rio de Janeiro

© Secretaria de Estado de Polícia Civil

Policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) localizaram, hoje (22), no Rio de Janeiro, mais um esconderijo do narcomiliciano Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera. Desta vez, foi em um sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense.

Ali, os agentes encontraram um carro clonado com a inscrição CGPOL (Corregedoria-Geral de Polícia Civil). Na ação, eles prenderam um homem identificado como segurança de Tandera e apreenderam um fuzil, uma pistola, vários carregadores e munições. O preso e o material foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, zona norte da capital.

Também hoje, os agentes realizam outras diligências na Baixada Fluminense em busca de alvos.

O delegado titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Marcus Amin, disse que essa é mais uma ação da Força Tarefa da Polícia Civil contra a narcomilícia no Rio de Janeiro.

“Dentro do sítio, além de um fuzil, nós encontramos uma viatura clonada, caracterizada da Polícia Civil, com as inscrições da CGPOL. A perfeição dessa falsificação nos chamou a atenção. Esse veículo era utilizado pelo narcomiliciano para se deslocar sem ser importunado pelas forças policiais”, contou o policial.

Amin afirmou que, com o trabalho da força-tarefa, em breve o criminoso será preso. “Com certeza o cerco ao miliciano está se fechando. A gente está cada vez mais perto dele e, em breve, a sua prisão será noticiada”, completou.

Outro esconderijo

Na terça-feira passada (16), em operação na zona oeste do município do Rio e na Baixada Fluminense, a polícia encontrou um imóvel do criminoso que também servia de esconderijo de Tandera, na comunidade Jesuítas, em Santa Cruz, zona oeste do Rio.

Naquele dia, os integrantes da força-tarefa foram para as ruas “para prender criminosos e asfixiar as fontes de renda da organização chefiada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho”. Na ação, cinco pessoas foram presas e os policiais interditaram estabelecimentos de venda irregular de gás e de provedores clandestinos de internet.

Entre os presos por agentes da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) estava o criminoso conhecido como Artilheiro, que, segundo a polícia, é responsável por realizar cobranças de dívidas e assassinatos. Contra Artilheiro também foi cumprido um mandado de prisão pelo crime de homicídio. “As investigações apontam Artilheiro como um dos matadores da milícia, responsável pelas execuções e ocultação de cadáveres”, informou a polícia. A identidade do preso não foi revelada.

As investigações apontaram que, com a morte, em 12 de junho deste ano, do miliciano Wellington da Silva Braga, chamado de Ecko, Artilheiro passou a trabalhar como segurança particular de Zinho. Com o criminoso foram apreendidos fuzis, pistolas, munições, carregadores e coletes balísticos da milícia. Outros quatro milicianos foram presos por agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).

Durante a operação de terça-feira, a equipe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) impediu a execução de uma vítima na comunidade Jesuítas. Segundo os agentes, a pessoa estava amarrada e prestes a ser queimada viva por milicianos ligados a Danilo Dias Lima, o Tandera. Na hora, os policiais apreenderam galões de combustível que seriam utilizados no crime.

A operação era de combate a crimes como exploração de atividades ilegais controladas pela milícia, cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia, instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet chamadas de gatonet. Os policiais também visavam coibir o armazenamento e o comércio irregular de botijões de gás e de água, empresas ilegais de GNV (gás natural veicular), parcelamento irregular de solo urbano, exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais, comercialização de produtos falsificados, contrabando, descaminho, transporte alternativo irregular e estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro.

Fonte: Agência Brasil.

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