Neste momento, o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia da Covid-19, de acordo com a avaliação da diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a brasileira Mariângela Simão.
“Estamos vendo a ressurgência de casos de covid-19 na Europa. Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E isso que há subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia”, explicou Mariângela Simão.
Segundo ela, o vírus continua evoluindo com variantes mais transmissíveis, só que com a vacinação houve uma dissociação entre casos e mortes, pelo fato da vacinação ter reduzido os óbitos decorrentes da Covid-19. Ela lembrou que a imunização reduz as hospitalizações mas não interrompe a transmissão.
Com isso, a diretora avaliou que os novos picos na Europa é por conta da abertura e flexibilização das medidas de distanciamento no verão, com o uso inconsistente de medidas de prevenção em países e regiões.
“O aumento da cobertura vacinal não influencia na higiene pessoal, mas tem associação com diminuição do uso de máscaras e distanciamento social. Além disso, há desinformação, mensagens contraditórias que são responsáveis por matar pessoas”, pontuou a diretora-geral.
Um problema grave é a desigualdade no acesso às vacinas no mundo. “Foram aplicadas mais de 7,5 bilhões de doses. Em países de baixa renda, há menos de 5% das pessoas com pelo menos uma dose. Um dos fatores foi o fato de os produtores terem feito acordos bilaterais com países de alta renda e não estarem privilegiando vacinas para países de baixa renda”, analisou.
Além disso, Mariângela Simão considerou que o futuro da pandemia depende de uma série de fatores:
Covid-19: diretora da OMS alerta que mundo está entrando em quarta onda da doença
Neste momento, o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia da Covid-19, de acordo com a avaliação da diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a brasileira Mariângela Simão.
“Estamos vendo a ressurgência de casos de covid-19 na Europa. Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E isso que há subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia”, explicou Mariângela Simão.
Segundo ela, o vírus continua evoluindo com variantes mais transmissíveis, só que com a vacinação houve uma dissociação entre casos e mortes, pelo fato da vacinação ter reduzido os óbitos decorrentes da Covid-19. Ela lembrou que a imunização reduz as hospitalizações mas não interrompe a transmissão.
Com isso, a diretora avaliou que os novos picos na Europa é por conta da abertura e flexibilização das medidas de distanciamento no verão, com o uso inconsistente de medidas de prevenção em países e regiões.
“O aumento da cobertura vacinal não influencia na higiene pessoal, mas tem associação com diminuição do uso de máscaras e distanciamento social. Além disso, há desinformação, mensagens contraditórias que são responsáveis por matar pessoas”, pontuou a diretora-geral.
Um problema grave é a desigualdade no acesso às vacinas no mundo. “Foram aplicadas mais de 7,5 bilhões de doses. Em países de baixa renda, há menos de 5% das pessoas com pelo menos uma dose. Um dos fatores foi o fato de os produtores terem feito acordos bilaterais com países de alta renda e não estarem privilegiando vacinas para países de baixa renda”, analisou.
Além disso, Mariângela Simão considerou que o futuro da pandemia depende de uma série de fatores:
- O primeiro é a imunidade populacional, resultante da vacinação e da imunização natural;
- O segundo é o acesso a medicamentos;
- O terceiro é como irão se comportar as variantes de preocupação e do quão transmissíveis elas serão;
- O quarto é a adoção de medidas sociais de saúde pública e a aderência da população a essas políticas.
A diretora da OMS defendeu que além das medidas de prevenção é preciso assegurar a equidade no acesso a vacinas, terapias e testagens: “É vacinas, mas não somente vacinas.”
Já quanto ao Brasil, ela avaliou que o programa de vacinação está andando bem. Por outro lado, a partir da situação na Europa, o receio com o futuro da pandemia no Brasil pelas discussões em curso sobre o carnaval ainda é válido.“Me preocupa quando vejo no Brasil a discussão sobre o Carnaval. É uma condição extremamente propícia para aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar as ações para 2022”, concluiu.
Fonte: Olhar Digital