O mês de novembro está sendo marcado pelo retorno das festas e shows em praticamente todo o Brasil. Mas na cidade de São Paulo quadrilhas estão faturando à custa de muita gente que sai para curtir a noite. A incidência de casos do golpe conhecido como “boa noite, Cinderela” cresceu na região central da capital.
As drogas utilizadas costumam ser legais (medicamentos benzodiazepínicos) ou ilegais, como cetamina — um anestésico de uso animal que tem efeito dissociativo — e GHB (ácido gama-hidroxibutirato), que pode levar à morte.
Uma das vítimas é um empresário de 35 anos que prefere não ter a identidade revelada. No feriado de 15 de novembro, ele saiu com amigos, conheceu um rapaz na balada e acordou em casa, no dia seguinte.
Não encontrou o celular, o notebook nem a carteira. “Minha memória demorou a voltar, eu estava grogue, mal conseguia sair da cama. Primeiro pensei que tivesse perdido o celular na balada, fui pegar o computador para ver se conseguia localizar [o aparelho], mas também não o encontrei. Aí comecei a perceber que tinha algo de errado.”
Ele pediu ajuda a uma amiga que mora no mesmo prédio e conseguiu bloquear o aparelho. Também acessou as imagens das câmeras do condomínio, que o mostram chegando acompanhado e o rapaz indo embora sozinho cerca de uma hora e meia depois.
Mas o susto maior veio no dia seguinte, quando o empresário conseguiu acessar a conta bancária. “Foram várias transferências pelo Pix, uns R$ 6.000, e compras no cartão de crédito de mais de R$ 10 mil.”
Fonte: Jornal R7