19.9 C
Maricá
segunda-feira, novembro 25, 2024
More
    InícioHora NewsCasos graves de Covid estão associados a envelhecimento do sistema imune, revela...

    Casos graves de Covid estão associados a envelhecimento do sistema imune, revela estudo da Fiocruz e UFRJ

    Data:

    Últimas Notícias

    Maricá será palco de corrida para promover Natal Solidário a famílias em vulnerabilidade social

    Evento é organizado pelo Instituto Singular Ideias Inovadoras Proporcionar um...

    Polícia Realiza Prisão de Suspeitos com Armas e Drogas. Veja vídeo

    Na madrugada do dia 22 de novembro, uma guarnição...

    Maricá recebe ouro em ‘Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização’ do MEC

    Ministério da Educação reconhece boas práticas adotadas na rede...

    Um estudo em parceria entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostrou que os casos graves de Covid-19 estão ligados a um processo de envelhecimento do sistema imunológico e imunodeficiência aguda. Os dados foram publicados no Journal of Infectious Diseases.

    Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 22 pacientes internados pela doença com pessoas que estavam saudáveis e detectaram sinais de hiperatividade, exaustão e envelhecimento de células de defesa conhecidas como linfócitos T auxiliares nos doentes, indicando uma perda da capacidade de resposta das células nos casos graves da doença, o que pode facilitar infecções secundárias e reinfecções.

    De acordo com o coordenador do estudo, o pesquisador Alexandre Morrot, do Laboratório de Imunoparasitologia do IOC/Fiocruz e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ, os linfócitos T auxiliares têm como função reconhecer as proteínas virais e ativar as células de defesa responsáveis por combater o vírus e produzir anticorpos.

    O pesquisador comparou a importância dos linfócitos T auxiliares com a de um maestro diante de uma orquestra, mas controlando a defesa do organismo.

    “Você tem os atores dessa função que obedecem comandos, que são piramidais. É como se fosse uma orquestra. Cada músico tem uma especialização, mas todos ligados a orquestra. A gente mostra que, na Covid, a orquestra é acometida em um sistema de exaustão. É como se a orquestra em cena ficasse exaurida cansada, sem condições de tocar sincronizada. As células T auxiliares são centrais no sistema imunitário, sem elas o sistema não toca”, afirmou Morrot.

    Segundo o estudioso, é como se o maestro ainda estivesse à frente da orquestra, mas cansado e sem condições de comando.

    Reinfecção

    A queda na imunidade deixa os indivíduos mais vulneráveis para contrair outras infecções, como as pneumonias bacterianas. O problema também ajuda a explicar os casos de reinfecção.

    “A reinfecção ocorre em uma fração pequena dos casos, mas é mais comum do que seria esperado. A disfunção das células T CD4 pode explicar a ausência de memória imunológica de longo prazo na Covid-19 grave”, afirmou o pesquisador.

    Os casos de novas infecções em indivíduos que já tiveram Covid-19, mesmo após casos graves da doença, chamaram a atenção dos cientistas, já que infecções virais agudas costumam produzir uma resposta imunológica forte.

    Além da presença de moléculas consideradas como marcadores de envelhecimento e exaustão nos linfócitos T auxiliares, os pesquisadores encontraram altos níveis de substâncias inflamatórias liberadas por essas células no soro dos pacientes.

    Segundo Morrot, os dados coletados pelo estudo reforçam a importância de terapias voltadas para controle da resposta imune exagerada do organismo.

    Colaboração

    Além do IOC/Fiocruz e da UFRJ pesquisa contou ainda com a colaboração de várias instituições de saúde no Rio de Janeiro: do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), pelo Hospital Naval Marcílio Dias, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

    A publicação do artigo foi dedicada à Juliana de Meis, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz que faleceu em julho devido à Covid-19.

    Fonte: G1

    spot_imgspot_img
    Paulo Celestino
    Paulo Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfico, cinegrafista, jornalista e produtor audiovisual. Quando uma notícia é verdadeira, essa informação é divulgada por diversos meios de comunicação, pois se é de interesse público, é deve da imprensa divulgá-la. [email protected]

    +Populares

    spot_img

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui