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    Deu mole: Flamengo perde boas chances e acaba sendo derrotado pelo Palmeiras na final da Libertadores

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    Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

    A América do Sul, mais uma vez, veste verde: o Palmeiras é tricampeão da Copa Libertadores. A equipe do técnico Abel Ferreira contrariou os prognósticos e bateu o Flamengo por 2 a 1, na prorrogação, em Montevidéu (URU), para ficar com o título da edição 2021. O gol do título foi feito por Deyverson, que entrou justamente no tempo extra. Anteriormente haviam marcado Raphael Veiga, para o Alviverde, e Gabigol, para o Rubro-Negro.

    O Palmeiras já havia conquistado a competição em 1999 e ano passado, quando venceu o rival Santos por 1 a 0, no Maracanã (RJ).

    Abel Ferreira chega ao seu segundo título e se isola como técnico europeu que mais vezes venceu o torneio, deixando para trás o compatriota Jorge Jesus, que venceu justamente com o Flamengo, rival desta final de 2021, na temporada de 2019.

    O título consagra, além do treinador português, o trabalho do presidente Mauricio Galiotte e do diretor Anderson Barros. Galiotte, que encerra seu segundo mandado em dezembro, despede-se do cargo com cinco conquistas: duas Libertadores (2020 e 2021), um Campeonato Brasileiro (2018), uma Copa do Brasil (2020) e um Campeonato Paulista (2021).

    Barros, que chegou ao clube para substituir o badalado Alexandre Mattos, faz administração de contenção de gastos e, mesmo assim, levou o departamento de futebol a quatro das cinco conquistas da gestão. Mas, que seja feita justiça, Mattos contratou a maioria dos jogadores do elenco bicampeão.

    Com a conquista, o Palmeiras se iguala a Grêmio, Santos e São Paulo e entra para o panteão dos clubes tricampeões da Libertadores, os clubes brasileiros que mais vezes venceram o torneio. Essa foi a sexta final do Palmeiras, que agora tem um aproveitamento de 50% em termos de títulos. O título faz do Palestra o primeiro clube a ganhar um bicampeonato consecutivo desde o Boca Juniors de 2000 e 2001.

    O Palmeiras, clube brasileiro com mais participações na competição, com 21, ao lado de São Paulo e Grêmio, soma ainda mais jogos (210), mais vitórias (118), mais vitórias como visitante (44), mais gols (391), mais gols como mandante (233) e mais gols como visitante (156 tentos).

    Mundial é logo ali

    Com o título, o Palmeiras se classificou para o Mundial de Clubes que será disputado em fevereiro de 2022, nos Emirados Árabes. A competição contará com Chelsea (Inglaterra), Al Hilal (Arábia Saudita), Monterrey (México), Al-Ahly (Egito), Al Jazira (Emirados Árabes) e Auckland City (Nova Zelândia).

    Deyverson tem estrela: entra e marca 

    O palmeirense que disser que entendeu ou que gostou da entrada de Deyverson para jogar a prorrogação estará mentindo. Ainda mais com o prognóstico de disputa de pênaltis, a saída de Raphael Veiga, o único bom batedor de fato do time, parecia trágica. Mas, logo aos 4min, ele calou a boca de seus críticos. Andreas Pereira vacilou, Deyverson roubou e bateu para fazer o segundo do Palmeiras no jogo.

    O melhor: Arrascaeta supera limitações 

    Em meio aos problemas de criação que o Flamengo apresentou no Uruguai e diante do bom sistema defensivo do Palmeiras, Arrascaeta foi o rubro-negro mais lúcido. Mesmo retornando de contusão na coxa, o uruguaio consegui descolar bons passes e tentou se desvencilhar da marcação. Taticamente, o camisa 14 também teve papel importante ao ocupar espaços na hora da perda da bola e no combate. Com essa entrega e ainda o peso da prorrogação, o meia cansou e caiu de produção.

    O melhor: Danilo estava bem e fez falta ao sair

    O jovem volante alviverde foi impecável na marcação e na saída para o ataque. Aparecia em todos os setores do campo sempre se oferecendo como uma opção de lucidez e inteligência. Sua saída, lesionado, foi um enorme baque para o Palmeiras.

    O pior: Andreas comete erro fatal 

    O volante cumpria atuação razoável no Centenário, mas seu erro no gol de Deyverson foi capital. Ao perder uma bola para o atacante palmeirense, ele permitiu que o rival saísse na cara de Diego Alves.

    Flamengo: mudança de postura 

    Na finalíssima da Libertadores, o Flamengo entrou em campo sem a chamada “pegada” de decisão. Contra um rival muito bem postado defensivamente, o Fla aceitou com passividade a marcação palmeirense e não achou alternativas para mudar a cara do jogo no primeiro tempo. A equipe tentou se impor mais na segunda etapa, passou a ocupar mais o campo contrário e, enfim, chegou ao empate. A partir daí, o Rubro-negro foi notadamente melhor que o Alviverde e controlou as ações. Um erro crasso de Andreas Pereira, no entanto, colocou tudo a perder.

    Palmeiras fez jogo tático e viveu velhos problemas 

    O Palmeiras fez um jogo taticamente perfeito até a metade do segundo tempo. Soube explorar os pontos fracos do adversário — as costas dos laterais —, abriu o placar logo cedo no jogo e, mesmo assim, manteve-se pressionando o Flamengo, tendo jogado melhor no 1º tempo. Na segunda etapa, o time passou a usar o cronômetro a seu favor, fazendo o que melhor sabe: explorar o jogo veloz de transição. Mas uma falha de Weverton, algo raríssimo, deu o empate ao Flamengo, que cresceu no jogo.

    Palmeiras viu meio-campo desmontar no 2º tempo

    Primeiro, foi Danilo. Depois, Zé Rafael. E o Palmeiras perdeu seu meio-campo no segundo tempo de jogo. As entradas de Patrick de Paula e Danilo Barbosa alteraram completamente a maneira de o Palmeiras se defender e atacar, ficando mais vulnerável e menos efetivo na frente.

    Confusão antes do jogo 

    Torcedores de Flamengo e Palmeiras protagonizaram confusão em Montevidéu, no Uruguai, poucas horas antes de a bola rolar para a final da Copa Libertadores entre os clubes. Na tarde de hoje (27), a confusão estourou em um restaurante nos arredores do Estádio Centenário.

    O restaurante fica no ‘lado palmeirense’ do Estádio Centenário, localizado na região das entradas que são exclusivas aos torcedores do Alviverde na final. Alguns flamenguistas almoçavam em uma mesa externa do estabelecimento sem serem incomodados, em meio aos palmeirenses, até serem expulsos a pontapés por homens vestidos com camisas da torcida organizada Mancha Verde.

    Fonte: UOL

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    Alexandre R. Ducoff
    Alexandre R. Ducoff
    Formado em jornalismo no ano de 2020. Já trabalhei como fotógrafo e cinegrafista no Atitude Video Art, fotógrafo no Estúdio Novo Olhar, redator do informe-se, repórter do M1newstv Maricá Noticiais e criador de conteúdo da CEIC. Atualmente trabalho como redator, editor e cinegrafista no Gazeta 24 Horas News.

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