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Réveillon do Rio: metrô fecha às 20h, e não haverá reforço nos ônibus; fretados serão barrados

O réveillon do Rio terá restrições no transporte a fim de evitar grandes deslocamentos, sobretudo para Copacabana. Não haverá reforço nas linhas regulares de ônibus, e o metrô fechará para embarque às 20h do dia 31. Também serão montados bloqueios para veículos fretados à 0h do dia 30.

As novidades foram apresentadas nesta quinta-feira (23) pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), que confirmou os 10 pontos de queima de fogos, incluindo Copacabana.

Terão espetáculos pirotécnicos os bairros de Barra da Tijuca, Recreio, Flamengo, Ilha do Governador, Piscinão de Ramos, Bangu, Praia de Sepetiba, Parque Madureira e a Igreja da Penha.

“Reiteramos o pedido à população: busquem pontos de fogos próximos às suas casas. Não tentem se deslocar pela cidade”, pediu Paes.

Pontos de queima de fogos no réveillon do Rio — Foto: Reprodução

‘Aglomeração, nós teremos naturalmente’

“Que a gente possa fazer essa celebração de forma tranquila, segura e organizada”, disse Paes. Segundo ele, os comitês científicos da prefeitura e do governo do estado ratificaram o aval à realização da festa, como anunciado no início do mês: sem shows, mas com música em alto-falantes.

O prefeito voltou a admitir que “naturalmente” vai haver aglomeração.

“Nos últimos 10 dias, tenho tirado fotos de praias — principalmente de Copacabana — para mostrar que a praia tem tido aglomeração todos os dias, desde que tenha sol”, comparou.

“A gente não pode transformar essa questão da pandemia em uma grande festa da hipocrisia. O vírus não escolhe só a noite de réveillon. Ninguém me pergunta como foi o ensaio da Mocidade aqui no Rio, ou o da Beija-Flor com a Grande Rio em Nilópolis, ou da Viradouro em Niterói, com a população toda na rua. Será que o vírus não estava ali naquele momento?”, prosseguiu.

“Então, é natural que haja pessoas aglomeradas na Praia de Copacabana. Mas não vamos incentivar aquela aglomeração exagerada que tínhamos nos outros réveillons”, explicou.

”A gente vai agir com racionalidade. Vamos permitir que as pessoas celebrem a virada do ano. Temos uma baixa taxa de transmissão neste momento, um baixo número de casos. Estamos atentos à variante ômicron, acompanhamos os números. Mas a gente entende que, neste momento, estamos em um ambiente adequado para manter as regras existentes hoje na cidade”.

Queima de fogos em Copacabana. (Imagem de arquivo) — Foto: Divulgação/Emiliano

Controles de acesso

  • Metrô: no dia 31, as estações abrirão das 5h às 20h; depois, só às 7h do dia 1º;
  • Ônibus regulares: não haverá reforço na frota. Também não será montado o esquema de bolsões de desembarque na Enseada de Botafogo, na Lagoa e em Ipanema.
  • Estacionamento: não será permitido parar o carro em Copacabana e nas vias de acesso a partir da 18h do dia 30.
  • Ônibus e vans fretados: serão montados bloqueios, à 0h do dia 30, no Trevo das Missões, em Cordovil; no Trevo das Margaridas, em Irajá, e na Av. Brasil com Rodovia Rio-Santos, em Santa Cruz.

“Estamos fazendo tudo ao contrário do que fazíamos nos outros anos. Nosso esforço é para desestimular o deslocamento das pessoas até Copacabana”, justificou Paes.

Passaporte da vacina

Paes falou também que vai cobrar que hotéis, bares e restaurantes exijam o passaporte vacinal.

“Aqueles que se vacinaram serão muito bem-vindos e bem recebidos no Rio. Poderão aproveitar a mais incrível e fantástica de todas as cidades”, declarou.

“Aqueles que não se vacinaram não terão muito o que fazer aqui no Rio. Eventualmente até enfrentando o dissabor de não ter onde dormir. E não adianta xingar, porque a gente vai fortalecer essas medidas restritivas, porque o aspecto sanitário está acima de qualquer outro aspecto”, afirmou o prefeito.

Vaivém

A festa quase não aconteceu. No dia 4, Paes anunciou que decidiu cancelar a celebração oficial do réveillon no Rio de Janeiro e que tomava a decisão com tristeza, mas que não tinha como organizar a celebração sem a garantia de todas as autoridades sanitárias. Ele citou uma suposta posição do comitê científico do estado.

Na noite de segunda (6), Eduardo Paes e Claudio Castro se encontraram e solicitaram que os especialistas do poder estadual avaliassem a possibilidade de que a queima de fogos aconteça em Copacabana e outros pontos do município.

Fonte: G1.

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