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Menina de 12 anos morre vítima da H3N2 em Santa Catarina

Santa Catarina confirmou a primeira morte por H3N2 nesta quinta-feira (30). A informação foi divulgada pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina). A vítima, era uma adolescente de 12 anos, moradora de Brusque, que morreu em dezembro.

Além disso, a Secretária de Saúde também confirmou uma morte por Influenza de uma idosa de 96 anos, moradora de Joinville, registrada em dezembro. No entanto, o subtipo do vírus não foi identificado pela Dive.

Até dezembro de 2021 foram registrados 55 casos de influenza no Estado, sendo um caso de influenza A (H1N1) pdm09, dois casos de influenza B, 47 casos de influenza H3 e cinco casos de influenza A (não subtipo ou inconclusivo).

Na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde já havia emitido um alerta orientando as cidades  a realizar o protocolo indicado pelo Ministério da Saúde.

Em Santa Catarina, a vigilância do vírus influenza está sendo realizada através das coletas nas Unidades Sentinelas para Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave, além da análise de todos os caso de SRAG internados em UTI e óbitos.

H3N2

Na visão do diretor da Dive/SC, João Augusto Brancher Fuck, embora os resultados sobre a “proteína da superfície neuraminidase (N) ainda não tenham sido divulgados”, é provável que o vírus circulante no Estado seja o H3N2, considerando as informações sobre a doença nos outros estados do país.

“A prevenção é uma das formas da população ficar protegida. A ventilação natural dos ambientes é uma das principais medidas de prevenção da gripe e de diversas outras doenças de transmissão respiratória, como Covid-19, resfriado, meningite, entre outras”, explica diretor.

O diretor completa que a chamada etiqueta da tosse é fundamental para a prevenção. Isso porque as gotículas infecciosas expelidas em tosses ou espirros podem alcançar até 1,5 metro de distância, atingindo pessoas e toda a região próxima.

Como se prevenir?

  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel;• Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir o nariz e boca com o antebraço ao espirrar ou tossir;• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter o uso da máscara, especialmente nos locais pouco ventilados ou em que não é possível manter o distanciamento social;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;• Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Por que casos estão aumentando em SC?

Para o pesquisador Fernando Motta, da Fiocruz, um dos motivos da alta disseminação é o fato de não enfrentarmos epidemias do vírus no último ano. “A falta de circulação fez com que não tivéssemos contato com o vírus Influenza e não rememoramos nosso sistema imunológico a combater o vírus”, explica.

A baixa imunização contra a Influenza neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, e o fato da cepa Darwin ser “diferente” dos subtipos combatidos nas campanhas de imunização também favoreceram a proliferação. Apenas 67.4% dos catarinenses aptos para tomar a vacina da gripe em 2021 compareceram nos postos, segundo o Ministério da Saúde.

“Nós retomamos agora com esse subtitpo H3N2, presente na população humana desde 1968. Logicamente, a medida que os anos passam, alterações vão acontecendo e esse subgrupo está associado à cepa Darwin”, explica Mota.

Fonte: NDMais

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