Estudos com mulheres grávidas revelaram que as vacinas anticovid da Pfizer e da Moderna, que utilizam a tecnologia do RNA mensageiro, não representam nenhum risco para mães ou bebês. A informação foi divulgada nessa terça-feira (18) pela EMA (Agência Européia de Medicamentos).
Segundo o comunicado emitido pelo regulador europeu, pesquisas realizadas com 65 mil mulheres mostraram “provas cada vez mais numerosas” que as injeções das vacinas Pfizer e Moderna não causam complicações durante a gravidez. A agência também indica que a imunização anticovid fornece uma proteção importante contra hospitalizações e mortes, particularmente no final das gestações.
“As análises não identificaram nenhum sinal de risco de complicações durante a gravidez, abortos naturais, nascimentos prematuros ou consequências para os bebês que nasceram depois que as gestantes foram vacinadas com os imunizantes de RNA mensageiro”, reitera o documento.
A agência também lembra que “as pesquisas mostram que as vantagens dos imunizantes durante a gravidez são superiores a todos os riscos possíveis às grávidas e aos fetos”.
O regulador europeu sublinha que a gestação por si só é associada a um risco mais elevado de uma forma severa da covid-19 no segundo e terceiro trimestres da gravidez. Isso mostra “que as futuras mães deveriam se vacinar”, completa o documento.
A Agência Européia de Medicamentos também indicou que vai começar a examinar os efeitos em mães e bebês das outras vacinas utilizadas até o momento.
Riscos de problemas cardiovasculares
Um outro estudo, divulgado nesta terça-feira pela Agência de Medicamentos da França, apontou que as vacinas de RNA mensageiro também não aumentam o risco de problemas cardiovasculares graves em pessoas com menos de 75 anos.
A pesquisa foi feita com todas as pessoas de 18 a 74 anos vacinadas ou não, que deram entrada em hospitais franceses, entre 27 de dezembro de 2020 e 20 de julho de 2021, por problemas como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico e embolia pulmonar.
Os resultados confirmam “a segurança das vacinas de RNA mensageiro” nas três semanas após a primeira ou a segunda dose dos imunizantes da Pfizer e da Moderna.
No entanto, a Agência de Medicamentos da França indica que as vacinas da AstraZeneca e da Johnson & Johnson parecem estar “associadas a um leve aumento do risco de infarto do miocárdio e de embolia pulmonar nos adultos “duas semanas seguinte à injeção”.
Os estudos corroboram com outras pesquisas internacionais realizadas sobre os riscos de efeitos colaterais causados pelos imunizantes anticovid. A agência francesa também lembra que a própria covid-19 é fortemente associada a um risco de complicações cardiovasculares.
Fonte: UOL.