A taxa de transmissão de Covid-19 na cidade de São Paulo nunca esteve tão alta, segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Unesp. De acordo com os cientistas, nesta quarta-feira (26) a taxa está em 1,79, o que significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 179.
O pico anterior havia sido em março de 2021, na segunda onda da Covid, quando este índice chegou a 1,70.
De acordo com os pesquisadores, o número atual está em aceleração, e a previsão é que no dia 31 de janeiro a taxa de transmissão chegue a 1,86.
Simbolizado por RT, o “ritmo de contágio” é um número que traduz o potencial de propagação de uma doença: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança. Quando é menor, ela recua.
Ocupação de hospitais
Esta alta reflete na ocupação dos hospitais públicos da cidade que são referência na doença. No Hospital da Brasilândia, na Zona Norte da capital, a ocupação de UTI é de 86% e na enfermaria, 86%.
No Hospital Guarapiranga, na Zona Sul, a UTI tem 76% de ocupação, com 144 pacientes, e a enfermaria 68% de leitos ocupados, com 47 pacientes.
Nos hospitais particulares a situação também é preocupante. A taxa de ocupação de UTIs de 80% deles está em torno de 40%.
Alta demanda de testes
A cidade de São Paulo recebeu na segunda-feira (24) 350 mil testes rápidos de Covid-19. A Prefeitura acredita que o estoque atual seja suficiente para atender a população por mais 30 dias. A procura por testes é grande nos postos de saúde e em clínicas particulares da capital há semanas.
A Prefeitura informou que um novo pregão será aberto para a compra de mais 1 milhão de testes nas próximas semanas, de acordo com a secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em saúde da capital, Sandra Sabino.
“Diante da ômicron no mundo, o número de casos, em todos os países, a demanda por testes tem sido muito grande, então os laboratórios não vêm dando conta de entregar encomendas dos estados e dos países.”
Fonte: G1.