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    Rússia diz ter usado mísseis hipersônicos na Ucrânia; entenda o poder de destruição

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    Por: G1

    A Rússia intensificou neste sábado (19) sua ofensiva na Ucrânia e diz ter usado, pela primeira vez, mísseis hipersônicos Kinzhal. O ataque, de acordo a agência estatal Ria Novosti, teve o propósito de destruir um local de armazenamento de armas no oeste da Ucrânia. De acordo com o jornal The New York Times, um porta-voz do exército ucraniano confirmou o ataque ao depósito, mas não o tipo de míssil usado. A seguir, entenda por que os mísseis hipersônicos são considerados mais destrutivos e perigosos que mísseis comuns:

    • Lançados de caças MiF-31, têm capacidade de atingir alvos a 2 mil quilômetros de distância
    • Atingem velocidade dez vezes maior que a do som e viajam a 6 mil quilômetros por hora
    • São capazes de realizar manobras.
    • Esse tipo de míssil desafia todos os sistemas de defesa antiaérea.
    • A Rússia nunca havia informado sobre o uso deste míssil balístico em nenhum dos dois conflitos em que participa – Ucrânia e Síria.

    “Em 18 de março, o sistema de mísseis de aviação Kinzhal com mísseis aerobalísticos hipersônicos destruiu um grande armazém subterrâneo de mísseis e munição de aviação das tropas ucranianas na vila de Delyatyn, região de Ivano-Frankivsk”, disse o major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo.

    Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que era hora de Moscou aceitar “conversar” seriamente sobre a paz. Zelensky considerou que “as negociações sobre paz e segurança na Ucrânia são a única oportunidade que a Rússia tem de minimizar os danos causados por seus próprios erros”.

    “É hora de nos encontrarmos. É hora de conversar. É hora de restaurar a integridade territorial e a justiça para a Ucrânia”, reiterou o chefe de Estado em um vídeo filmado à noite em uma rua deserta de Kiev e postado no Facebook. “Caso contrário, as perdas para a Rússia serão tais que levará várias gerações para se recuperar”.

    Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, Kiev e Moscou realizaram várias rodadas de negociações, pessoalmente e por videoconferência. A quarta começou na segunda-feira. O chefe da delegação russa falou, na noite de sexta-feira, sobre uma “conciliação” de posições sobre a questão de um status neutro para a Ucrânia – semelhante ao da Suécia e da Áustria – e avanços na desmilitarização do país. No entanto, ele também disse que há “nuances” para discutir sobre as “garantias de segurança” exigidas pela Ucrânia.

    Mas um membro da delegação ucraniana, o conselheiro presidencial Mikhailo Podoliak, alertou que as “declarações do lado russo são apenas o começo de suas exigências”.

    “Nossa posição não mudou: cessar-fogo, retirada das tropas (russas) e fortes garantias de segurança com fórmulas concretas”, tuitou.
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    Alexandre R. Ducoff
    Alexandre R. Ducoff
    Formado em jornalismo no ano de 2020. Já trabalhei como fotógrafo e cinegrafista no Atitude Video Art, fotógrafo no Estúdio Novo Olhar, redator do informe-se, repórter do M1newstv Maricá Noticiais e criador de conteúdo da CEIC. Atualmente trabalho como redator, editor e cinegrafista no Gazeta 24 Horas News.

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