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    Exposição de arte contemporânea abre agenda da Casa de Cultura de Maricá

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    A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura, comemora o centenário da Semana de Arte Moderna com a exposição “Canto porque Resisto”, de 1º/05 a 30/07, na Casa de Cultura de Maricá, reunindo 27 obras contemporâneas e experimentais de cinco artistas consagrados, moradores da cidade, cujas carreiras foram sucesso dentro e fora do Brasil em importantes museus e galerias. Com curadoria de Luiz Guilherme Vergara, a mostra é realizada pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), com apoio da Secretaria de Promoção e Projetos Especiais.

    Os trabalhos de Bill Lundberg (dez obras, sendo fotografias de 63cm X 76cm cada e uma projeção de 2mx2m), Edmilson Nunes (cinco, entre pintura, desenho e instalação), Jarbas Lopes (uma escultura e uma instalação cinematográfica), Marcos Cardoso (uma instalação) e Regina Vater (nove, sendo instalação, fotografia e vídeo arte) ocuparão não somente os ambientes da Casa de Cultura (1841) – patrimônio tombado e de extrema importância para a história local –, como também sua fachada e entorno, compondo um projeto inaugural de arte contemporânea para a cidade.

    “Depois de uma longa paralisação das atividades, em decorrência da pandemia, a Casa de Cultura e o Museu Histórico de Maricá reabrem suas portas em grande estilo. É com muita honra e alegria que podemos expor arte consolidada no meio sendo aberta ao público gratuitamente para visitação por dois meses. É uma forma, também, de reconhecermos esses grandes artistas que escolheram nossa cidade para viver”, ressalta o prefeito Fabiano Horta.

    O título da mostra foi dado pelos artistas, inspirados no canto como compromisso da arte em apontar caminhos para o engajamento com encantamento pela vida, sem perder o vínculo com a urgência do agir coletivo e solidário como faz a natureza. O secretário de Cultura, Sady Bianchin, afirma que a exposição é um marco para a cidade, lembrando que cem anos atrás, quando o diferente deixou sua assinatura na história da arte e do país, a despeito de qualquer paradigma e pré-conceito.

    “O moderno tornou-se contemporâneo. ‘Canto porque Resisto’ é iluminador, como uma fábula de imagens explosivas instaladas no coração da Vila de Santa Maria, onde o imaginário habita o inconsciente coletivo do povo maricaense contra forças destrutivas. Assim como nós, os artistas estão entusiasmados e abraçaram o projeto, com a pretensão de fazer desta exposição uma importante realização para Maricá”, disse.

    Sobre os artistas:

    Bill Lundberg – Albany, EUA, 1942
    Um pioneiro no campo da performance, filme e vídeo instalação, Lundberg se envolveu em investigações estéticas que antecedem as de seus contemporâneos mais notáveis, incluindo Gary Hill, Bill Viola e Tony Oursler. Por mais de 40 anos, Lundberg integrou as qualidades formais da pintura, performance e filme para falar sobre a condição humana.

    Edmilson Nunes – Campos dos Goytacazes, 1964
    Estudou Arquitetura e Urbanismo na UFRJ, onde teve seu primeiro contato com arte, conhecendo Celeida Tostes e Lygia Pape, entre 1985 e 1990. Em 1992, estudou no núcleo de aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 1993, fez sua primeira individual na Galeria Anna Maria Niemeyer. Em 2007, abriu outra mostra individual no Paço Imperial RJ. Desde 2002, faz a direção artística da escola de samba mirim “Pimpolhos da Grande Rio”. Foi professor nas oficinas do Museu do Ingá, de 2003 a 2008. Em 2013, foi convidado para ocupar a varanda do MAC Niterói com a exposição “A Felicidade às vezes mora aqui”, que reuniu importantes artistas, parte de sua trajetória como professor de novas gerações.

    Jarbas Lopes – Nova Iguaçu, 1964
    Concluiu seus estudos sobre escultura em 1992, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Janeiro. A sua produção reúne esculturas, desenhos, instalações e performances. Também desenvolve projetos conceituais que operam à margem da lógica capitalista, valorizando o pensamento artesanal e a participação do espectador. Na série “A paisano”, por exemplo, ele recupera a prática popular do trançado para construir com tramas multicoloridas imagens que ficam entre a pintura e a escultura.

    Marcos Cardoso – Paraty, 1960
    Formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 1992, frequentou a Oficina de Gravura do Ingá, de 1988 a 1990, e a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, em 1991. Foi aluno e amigo de Lygia Pape, que fez o seguinte relato do artista: “Marcos Cardoso metamorfozeou-se pelo mito do Carnaval e suas máquinas: reciclou pó e pano em palácios e castelos, faz-de-conta sem fim, hoje pura linguagem nobre, mergulhada no sensível, no sonho do alquimista que engendra transtornados objetos arfantes”.

    Regina Vater – Rio de Janeiro, 1943
    Em pesquisa que abrange as relações entre sociedade, natureza e tecnologia, Regina Vater desenvolve, ao longo das últimas quatro décadas, um corpo de trabalho complexo e sofisticado que contribui de maneira expressiva para o debate sobre a emergência de uma ecologia midiática nos âmbitos da arte e da vida contemporânea. A natureza poética, ativista e ecológica de sua obra foi sempre tecida em impulsos transmidiáticos, em que a linguagem de cada trabalho se apresenta como mais um desdobramento de seus interesses.

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    Alexandre R. Ducoff
    Alexandre R. Ducoff
    Formado em jornalismo no ano de 2020. Já trabalhei como fotógrafo e cinegrafista no Atitude Video Art, fotógrafo no Estúdio Novo Olhar, redator do informe-se, repórter do M1newstv Maricá Noticiais e criador de conteúdo da CEIC. Atualmente trabalho como redator, editor e cinegrafista no Gazeta 24 Horas News.

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