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Mortes por Covid-19 têm alta ‘repentina’ e painel nacional indica alerta

Uma recente alta nos números de casos e mortes por Covid-19 no Brasil da última semana deixaram os especialistas preocupados. Depois de semanas seguidas em que os próprios números davam a entender que a pandemia estava com os dias contados, uma ascensão na quantidade de doentes e a disparada nos óbitos ligou o sinal de alerta.

De acordo com o painel do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), desde o início de fevereiro as mortes vinham diminuindo, mas subiram de 672 para 887 na comparação entre as duas últimas semanas de abril (variação de 31%).

Maioria das pessoas na região do Centro da Capital optaram pelo uso da máscara; realidade, nesse momento, já mudou – Foto: Leo Munhoz/Arquivo/ND
Maioria das pessoas na região do Centro da Capital optaram pelo uso da máscara; realidade, nesse momento, já mudou – Foto: Leo Munhoz/Arquivo/ND

Entre 6 e 12 de fevereiro, a Covid-19 atingiu o auge no número de mortes com o avanço da variante Ômicron, com 6.246 vítimas. As informações são do Portal R7.

“Realmente está aparecendo um aumento [de mortes por Covid]. É cedo para afirmar que vão subir ainda mais, mas algo está acontecendo”, diz o infectologista Pedro Hallal, professor do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas.

“É muito difícil saber o que pode ter causado isso. Se é alguma variante nova, se é o Carnaval ou a liberação das máscaras Acho que é um pouco de cada uma dessas coisas”, opina.

Na visão do professor da Universidade de Pelotas, é preciso esperar um pouco mais para ver se a tendência de alta vai se confirmar e, aí sim, entender o que levou ao avanço do vírus.

O painel revela também que subiu o volume semanal de infectados. Eram 95.577 de 17 a 23 de abril e passaram a 102.582 nos sete dias seguintes.

Recorde

Apesar de a Ômicron ter levado o Brasil à terceira onda da doença no início de 2022, o painel do Conass mostra que o número máximo de mortes por Covid em uma semana ocorreu bem antes, entre 4 e 10 de abril do ano passado, com 21.141 registros.

A mais nova cepa do coronavírus foi responsável, sim, pela maior quantidade de casos detectados desde o início da pandemia. Entre 23 e 29 de janeiro deste ano, o país alcançou o recorde nacional de 1.305.447 de testes positivos.

Mesmo com tantos doentes, o total de mortes com a Ômicron não subiu na mesma proporção por causa da vacinação, em ritmo acelerado no Brasil desde a metade de 2021.

Desde que o coronavírus chegou ao país, em fevereiro de 2020, 663.497 brasileiros morreram e mais de 30 milhões foram infectados.

Fonte: NDMAIS.

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