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Fiocruz aponta aumento de síndrome respiratória grave entre adultos no país

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou, nessa quinta-feira (12), indícios de crescimento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre a população adulta em diversos estados brasileiros a partir do final de abril.

O estudo divulgado em nova edição do boletim Infogripe, referente à semana epidemiológica 18, de 1 a 7 de maio, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 9 de maio.

De acordo com o documento, os resultados indicam uma interrupção na queda de casos de Covid-19 entre as notificações com resultado positivo para vírus respiratórios, correspondendo a 37% nas últimas quatro semanas. A maior parte dos casos de vírus respiratórios está associada ao vírus sincicial respiratório (VSR), com 41,2% do total de SRAG de pacientes que passaram por testes de laboratório nas últimas quatro semanas.

Coordenador do InfoGripe, o pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes recomenda que a rede laboratorial de todo o país tenha atenção para a identificação adequada de quais vírus estão associados a essa mudança de tendência recente.

“No momento, os casos de Covid-19 seguem sendo a principal causa de SRAG entre os casos com identificação laboratorial na população adulta. A curva nacional de SRAG tem sinal de crescimento nas tendências de longo [últimas 6 semanas] e curto prazo [últimas 3 semanas]. A estimativa é de 5,0 [4,3 – 5,8] mil casos na semana 18”, disse Gomes em comunicado.

O boletim da Fiocruz aponta que 17 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.

Em Minas Gerais, há sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo. Entre as capitais, 17 das 27 apresentam indício de crescimento na tendência de longo prazo: Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e Vitória (ES).

Persistência de sintomas

Dois anos após a infecção pelo novo coronavírus, metade dos pacientes internados em um hospital da China ainda apresentam pelo menos um sintoma.

Os resultados são de um estudo de longo acompanhamento com a participação de 1.192 pessoas infectadas durante a primeira fase da pandemia em 2020. Os achados foram publicados no periódico científico The Lancet Respiratory Medicine nesta quarta-feira.

Embora as saúdes física e mental dos pacientes tenham melhorado ao longo do tempo, a análise sugere que os recuperados da Covid-19 ainda tendem a ter saúde e qualidade de vida piores do que a população em geral.

O quadro é considerado mais severo especialmente entre as pessoas que apresentam a Covid longa, que normalmente ainda apresentam pelo menos um sintoma, incluindo fadiga, falta de ar e dificuldades de sono dois anos após o adoecimento inicial.

Os pesquisadores analisaram os impactos de saúde a longo prazo dos recuperados da Covid-19 que foram submetidos à hospitalização, assim como questões específicas da Covid longa. Eles avaliaram a saúde de 1.192 participantes com a doença internados no Hospital Jin Yin-tan em Wuhan, na China, entre 7 de janeiro e 29 de maio de 2020, aos seis meses, 12 meses e dois anos.

Fonte: CNN Brasil.

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