Criado pela Prefeitura de Maricá em 2013, o programa Renda Básica de Cidadania (RBC) foi novamente destaque na imprensa nacional nesta terça-feira (17/05) em matéria sobre a moeda social Mumbuca no Jornal Valor Econômico, no caderno Valor Investe. Em entrevista ao veículo, a diretora presidente do Banco Mumbuca, Manuela Mello, ressalta a importância da moeda social e a ideia do banco, que partiu de uma iniciativa da prefeitura de implementar um programa de benefício voltado para os moradores locais e que o dinheiro circulasse apenas no município.
“Para isso foi criada a moeda social Mumbuca, restrita ao território de Maricá. Nós, do Banco Mumbuca, somos para o renda básica, o que a Caixa Econômica foi para o Bolsa Família e, hoje, é para o Auxílio Brasil”, compara. “A diferença é que estamos concentrados em um território, então a região se desenvolve muito mais rápido do que outros municípios que não têm um banco comunitário e nem uma moeda social”, disse Manuela ao jornal Valor Investe.
Maricá inspira outras cidades
Com o mesmo olhar que Maricá, em outubro de 2021 foi lançada a moeda social de Cabo Frio, a Itajuru, inspirada no modelo de sucesso da moeda Mumbuca. O município de Niterói, vizinho a Maricá, lançou a Moeda Social Arariboia. Em Itaboraí, a moeda social recebeu o nome de Pedra Bonita; já em Saquarema, a moeda foi chamada de Saqua; São Pedro da Aldeia criou a Caboclinho; todas tendo como referência a Mumbuca. A política adotada pelas cidades simboliza a integração para a melhoria das condições de diversas famílias.
Origem do Banco Mumbuca
Pensando na economia local, a Prefeitura de Maricá se inspirou, em 2013, no Banco Palmas – criado em 1998 em uma favela, o Conjunto Palmeiras, localizado em Fortaleza, no Ceará. A moeda social Mumbuca de Maricá completou oito anos de circulação no município em dezembro de 2021, assegurando suporte econômico à população que mais precisa e tornando-se o mecanismo de transformação social na cidade.
A moeda, além da inspiração, surgiu a partir de uma política pública, por meio da Lei nº 2.448, de junho de 2013, que instituiu o Programa Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento. Ao todo, mais de 42 mil maricaenses em vulnerabilidade são beneficiados pelo programa de Renda Básica de Cidadania (RBC), que concede 170 mumbucas mensais (equivalentes a R$ 170) para serem utilizados em 12.608 mil estabelecimentos comerciais credenciados.