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Ceará emite nota de alerta para varíola dos macacos

Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) emitiu, nesta sexta-feira, 27, nota de alerta para notificação de casos suspeitos da varíola dos macacos. De acordo com o documento, até o dia 25 de maio, foram notificados 209 casos em 18 países, sendo 186 confirmados. Na América do Sul, dois países tiveram casos confirmados: Guiana Francesa (1) e Argentina (1). Não houve notificações de casos no Brasil.

De acordo com a nota, casos suspeitos no Estado devem ser notificados em 24 horas. O Ministério da Saúde mantém uma Sala de Situação Nacional de Monkeypox em processo de desenvolvimento de fichas de notificação e investigação para o território nacional.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que medidas como distanciamento físico, uso de máscaras e higienização frequente das mãos em aeroportos e aeronaves são importantes para combater as formas de transmissão da doença. O órgão informou ainda que mantém-se alerta e vigilante quanto ao cenário epidemiológico nacional e internacional e está acompanhando os dados disponíveis e a evolução da doença.

Os casos notificados estão distribuídos: Reino Unido (71), Espanha (41), Portugal (37), Holanda (06), Alemanha (06), Canadá (05), Bélgica (04), Itália (04), França (03), Austrália (02), Estados Unidos (02), Israel (01), Dinamarca (01), Suécia (01), Suíça (01), e Áustria (01). Permanecem em suspeito 23 casos, Canadá (20) e Estados Unidos (01).

O documento detalha ainda que é preciso diferenciar a varíola de doenças como varicela, sarampo, infecções bacterianas da pele, sarna, sífilis e alergias associadas a medicamentos.

 Transmissão

– transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias;

– Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado;

–  pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão;

Sintomas

– período de incubação pode variar de 5 a 21 dias

– estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular e falta de energia)

-estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas – lesões com base plana – para pápulas – lesões dolorosas firmes elevadas)

Definição de caso

Caso suspeito: Pessoa de qualquer idade que apresente início súbito de febre (>38,5 ºC), adenomegalia e erupção cutânea aguda inexplicável E que apresente um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas: dor nas costas, astenia, cefaleia, E excluindo as doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial* E/OU qualquer outra causa comum localmente relevante de erupção vesicular ou papular. *varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, Chikungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancróide, linfogranuloma venéreo, ranuloma inguinal, molusco contagioso (poxvirus), reação alérgica (como a plantas).

Caso provável: Pessoa que atende à definição de caso suspeito E um ou mais dos seguintes critérios: ter um vínculo epidemiológico (exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória; contato físico direto, incluindo contato sexual; ou contato com materiais contaminados, como roupas ou roupas de cama) com um caso provável ou confirmado de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas OU histórico de viagem para um país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.

Caso confirmado: Pessoa que atende à definição de caso suspeito ou provável que é confirmado laboratorialmente para o vírus da Monkeypox por teste molecular (qPCR e/ou sequenciamento).

Caso descartado: Pessoa que não atende aos requisitos necessários à sua confirmação
como uma determinada doença.

Fonte: O Povo

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