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Jayme Monjardim: ‘A TV aberta não sobreviverá se não fizer superproduções’

POR: LUCAS PASIN/UOL

Jayme Monjardim, diretor de novelas e séries na Rede Globo há 39 anos, acredita que os canais abertos precisam se adaptar urgentemente para sobreviver à era do streaming.

Em conversa com esta coluna de Splash, durante o evento “São João da Thay”, que acontece em São Luís, Maranhão, o diretor — que teve seu primeiro trabalho nas plataformas digitais no final do ano passado, com a minissérie “Passaporte para Liberdade”, uma parceria internacional da Globo e Sony Pictures. — destaca o que ele acredita que determinará que a TV aberta não sofra mais tanto com a queda de audiência:

“Quando outras pessoas fazem coisas incríveis, como plataformas de streaming estão fazendo, você é estimulado a melhorar e quer ver o melhor. A concorrência é sempre saudável e cabe aos canais trabalharem isso, melhorarem também. E uma coisa é certa, a TV aberta não sobreviverá se não fizer superproduções”.

Por falar em trabalhos grandiosos na dramaturgia que estão conquistando o público, Jayme Monjardim, que foi diretor da versão original de “Pantanal” em 1990, comenta sobre o sucesso do remake:

“Tenho muito orgulho dessa volta de ‘Pantanal’. O Benedito [Ruy Barbosa, autor da trama original] prende as pessoas com sua história. Acompanho esse sucesso com felicidade. Sou muito amigo do Papinha [Rogério Gomes], que começou dirigindo a novela, e também do Gustavo [Fernandez, diretor]. Nós temos uma relação de troca. Hoje em dia, ninguém faz nada sozinho”.

Ao falar de “Pantanal”, o diretor aproveita e conta uma curiosidade:

“Eu escolhi a Juma da versão original da novela. O Waltinho [Walter Salles, cineasta] me mandou o material da Crica [Cristiana Oliveira]. Era um comercial dela fazendo tricô. Assisti e já sabia que ela seria a Juma na hora”.

Ao curtir os dias de festa de São João no Maranhão — promovido pela influenciadora Thaynara OG — Jayme Monjardim conta que vem realizando trabalhos na região. Ele comprou uma fazenda no Estado:

“Estou apaixonado pelo Maranhão, tanto que já comprei uma fazenda por aqui e estou realizando trabalhos na baixada maranhense. Ainda não pretendo me mudar para cá, mas estarei muitas vezes na região para trabalhos”.

O diretor também realizará projetos para cinema e televisão no “pantanal do Maranhão”:

“O Maranhão tem uma cultura muito rica e que merece ser mostrada para todo o Brasil. Sobre o projeto de TV, ainda não posso dar detalhes, mas para o cinema já posso falar. Farei uma versão de Maria Bonita e Lampião pela visão da Maria Bonita. Uma visão feminina. Parte será feita aqui e outra parte na Paraíba. Estou bastante focado em mostrar essa região”.

POR: LUCAS PASIN/UOL

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