Os países da União Europeia (UE) aprovaram, hoje (26), em Bruxelas, um plano de emergência para conter sua demanda de gás, com compromissos mais fracos em relação aos inicialmente propostos, enquanto se preparam para novas reduções na oferta russa.
A Europa enfrenta um aumento do aperto de gás a partir de quarta-feira, quando a russa Gazprom disse que reduziria os fluxos através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha para um quinto da capacidade.
Com uma dúzia de países da União Europeia já enfrentando redução de suprimentos russos, Bruxelas está pedindo aos estados-membros que se preparem economizando gás e armazenando-o para o inverno, temendo que a Rússia corte completamente os fluxos em retaliação às sanções ocidentais por sua guerra com a Ucrânia.
Os ministros da Energia aprovaram uma proposta para que todos os países da UE reduzam voluntariamente o uso de gás em 15% de agosto a março.
Os cortes poderiam se tornar obrigatórios em uma emergência de fornecimento, mas houve acordo para isentar vários países e indústrias, depois que alguns governos resistiram à proposta original da UE de impor um corte obrigatório de 15% a todos os países.
Hungria é contra
O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, disse que o acordo mostrará ao presidente russo, Vladimir Putin, que a Europa permanece unida diante dos últimos cortes de gás de Moscou. “Você não vai nos dividir”, disse Habeck. A Hungria foi o único país que se opôs ao acordo, disseram duas autoridades da UE.
A Gazprom da Rússia culpou sua última redução pela necessidade de interromper a operação de uma turbina, uma razão descartada pelo chefe de energia da UE, Kadri Simson, que chamou a medida de “motivação política”.
Fonte: Agência Brasil.