O número de mortos devido às inundações causadas pelas chuvas mais fortes que atingem o norte da Coreia do Sul em 80 anos subiu para 14 e há ainda seis desaparecidos, informaram hoje (12) as autoridades locais.
Os serviços de busca encontraram, nessa quinta-feira (11) os corpos de dois moradores da capital, Seul, dentro de um esgoto, disse a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
As inundações deixaram até agora oito mortos em Seul, três no resto da província ocidental de Gyeonggi e mais três na província oriental de Gangwon. Há seis pessoas desaparecidas na capital.
Mais de 6 mil pessoas e quase 3 mil famílias tiveram de ser retiradas de suas casas em 46 cidades, vilas e aldeias, incluindo a capital. Muitas vivem em subsolos inundados pela chuva.
Metade das pessoas que morreram nos últimos dias vivia nesse tipo de habitação. Em Seul existem cerca de 200 mil habitações em subsolos, abrigando 5% de todas as famílias na capital, informou a Yonhap.
Segundo a agência, as autoridades da capital anunciaram que vão pedir ao governo para rever a lei de construção urbana, a fim de proibir a utilização de subsolos para residências.
Seul dará ainda aos proprietários de edifícios um período de 20 anos para converter esses locais para usos não residenciais, como armazéns ou estacionamentos, assim como apoio à população para se mudarem para habitação pública.
Partes de Seul, bem como da cidade portuária de Inchon e da província de Gyeonggi, registraram fortes chuvas de mais de 100 milímetros durante várias horas consecutivas na terça-feira.
A precipitação excedeu 140 milímetros (mm) durante uma hora no distrito de Dongjak de Seul. A chuva mais forte registada em 60 minutos desde 1942.
As fortes chuvas provocaram inundações de casas, veículos, edifícios e estações subterrâneas, de acordo com a Yonhap.
As chuvas atingiram também a Coreia do Norte, onde as autoridades emitiram alertas para o sul e oeste do país, informou terça-feira a televisão estatal KCTV.
O jornal oficial Rodong Sinmun descreveu as chuvas fortes como potencialmente “desastrosas” e apelou a medidas para proteger terras agrícolas e impedir inundações causadas pelo Rio Taedong, que passa pela capital, Pyongyang.
Fonte: Agência Brasil.