Ícone do site GAZETA 24HORAS RIO

Prefeitura vai alfabetizar 2.700 jovens e adultos

Referência contra o analfabetismo em Cuba, projeto “Sim, eu posso” começa com capacitação dos profissionais. Foto: Divulgação.

A Prefeitura de Maricá deu início na terça-feira (16/08) ao projeto “Sim, eu posso”, criado com o compromisso de alfabetizar 2.700 pessoas a partir de 15 anos de idade. A iniciativa, referência contra o analfabetismo em Cuba, é uma parceria entre o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) e a Secretaria de Economia Solidária, apoiada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O projeto foi iniciado com treinamento e capacitação das equipes.

O “Sim, eu posso” é uma busca ativa das pessoas que são analfabetas ou aquelas que são analfabetas funcionais, e tem o objetivo de resgatar as capacidades de compreensão do mundo por meio da leitura, da escrita e, inclusive, do seu papel enquanto cidadão na sociedade.

Foto: Divulgação.

Nesta primeira etapa, 35 profissionais passarão por treinamento de três dias para conhecerem o processo de articulação, preparação e organização do projeto. Ao todo, serão 180 instrutores capacitados para alfabetizar em sala de aula. Para os alunos, serão disponibilizadas 2.700 vagas. A formação terá duração de um ano e atenderá pessoas a partir de 15 anos, sem limite máximo de idade.

“Esse projeto vai além de alfabetizar pessoas e tem uma experiência exitosa em diversos lugares do mundo, especialmente em Cuba. Temos expectativa de que o trabalho de base bem feito nos ajudará em outros níveis para melhorar a qualidade do ensino superior, da pós-graduação, do ensino técnico, fazendo parte das iniciativas para uma sociedade mais justa”, afirmou o diretor-presidente do ICTIM, Celso Pansera.

Gestor do projeto e chefe de gabinete do ICTIM, Carlos Senna lembrou que, recentemente, uma delegação foi a Cuba para conhecer o método.

“Vimos a aplicação do projeto em Cuba e como ele transformou a vida das pessoas. É uma tarefa revolucionária que traz o avanço da consciência crítica. Maricá, como sempre, é pioneira em programas de inclusão social. O ‘Sim, eu posso’ trará oportunidade e inclusão a pessoas que não sabem ler e escrever até hoje”, acrescentou Senna.

O conhecimento liberta

Realizado na sede da Incubadora de Inovação Social em Tecnologias do ICTIM, em Itaipuaçu, o evento contou também com a presença do secretário de Economia Solidária, Adalton Mendonça.

“Com 32 anos de formação de magistério, sempre trabalhei com educação de jovens e adultos. O melhor caminho para gerar trabalho e renda é o letramento do mundo e a transformação da cidade como um todo”, disse Adalton.

Coordenadora do projeto, Maria Gomes, que representa o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), explica que a jornada do “Sim, eu posso” já acontece há muitos anos em outras localidades, mas ainda existem muitas pessoas analfabetas. Para ela, o conhecimento liberta e muda completamente a vida dos alunos alfabetizados.

“A importância do projeto é alfabetizar de fato, é aprender a ler e escrever. Esse é o desafio da jornada. O programa promove ao outro o direito a ler e escrever e ter uma perspectiva de mudança de ver o mundo”, destacou Maria.

Sair da versão mobile