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Prefeitura de Maricá promove troca de experiências entre profissionais de saúde no 7º Fórum Permanente de Atenção Psicossocial

O evento integra a programação do “Setembro Amarelo”, mês de prevenção ao suicídio. Foto: Crédito: Elsson Campos.

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu nesta terça-feira (13/09) o 7º Fórum Permanente de Atenção Psicossocial com o tema “EMAP: Estratégias de Interlocução no Território”, reunindo 180 pessoas no auditório do Banco Mumbuca, no Centro. Durante o encontro, foi apresentada a atuação das Equipes Multiprofissionais de Atenção Psicossocial (EMAP), que realizam 2.600 atendimentos por mês, acolhendo usuários com transtornos mentais moderados. O evento integra a programação do “Setembro Amarelo”, mês de prevenção ao suicídio, mobilizando profissionais e usuários dos serviços de atenção psicossocial do município, compartilhando também experiências de sucesso aplicadas na cidade.

O fórum contou com uma mesa de discussão, onde foram expostas vivências de profissionais do EMAP, da Estratégia de Saúde da Família (ESF), do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), além do cotidiano dos trabalhadores que atuam nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Maricá. Na atividade, foi ressaltada a importância de conceder assistência especializada e multidisciplinar, integrada às comunidades locais e também à toda rede de saúde.

Para Edna Francisca, superintendente de Atenção Psicossocial da Fundação Estatal de Saúde de Maricá (Femar), a assistência compartilhada contribui para restabelecer a cultura do cuidado, criando laços com os territórios a partir da adoção de práticas inovadoras.

“Precisamos defender o Sistema Único de Saúde (SUS) e esse evento simboliza isso, apresentando a atuação fundamental da Emap na assistência à saúde mental da população. Maricá tem como tradição o trabalho colaborativo e isso se reflete na nossa rede de saúde, construída com anos de dedicação intersetorial, mostrando que investimos em saúde mental e nos profissionais, indo no contrafluxo ao que ocorre a nível nacional. Agradeço às pessoas que integram a Emap por todo o empenho, nos lembrando que precisamos estar em contato constante com os territórios e ampliar as políticas de saúde pública, algo em que o nosso município é referência”, destacou Edna.

Encontro contou com vivências plurais

Diversos profissionais expuseram suas experiências do dia a dia no evento, mostrando que cuidado e interdisciplinaridade caminham juntos. Bruna Teixeira, terapeuta ocupacional da Emap foi uma delas, lembrando a importância dos atendimentos fora dos consultórios e o papel fundamental da proximidade com os usuários.

“É muito importante poder divulgar o nosso trabalho e mostrar como funciona a terapia ocupacional na Emap, apresentando um serviço que, muitas vezes, as pessoas não acessam por não conhecerem. Não atuamos sozinhos, estando sempre integrados à rede e próximos aos territórios, acolhendo as demandas e compreendendo as dinâmicas locais para trabalhar melhor em cada ambiente. Dessa forma, entendemos as vivências de cada usuário, otimizando e qualificando o cuidado, principalmente às pessoas em vulnerabilidade social”, ressaltou.

Carolina Andrade, psicóloga da Emap que atua no segundo distrito da cidade, acrescentou que o cuidado compartilhado é um ponto fundamental para otimizar o acolhimento, trazendo novas abordagens. “Devemos entender a atenção psicossocial no contexto de cada território, entendendo as dinâmicas que existem ali. Com isso, podemos propor ações e intervenções alinhadas às realidades locais, compreendendo a melhor intervenção a partir das trocas multidisciplinares. Outro ponto essencial é o cuidado compartilhado entre as equipes, que começa antes mesmo do acolhimento aos usuários, fortalecendo as formas de gerir e cuidar”, afirmou.

Luís Eduardo, psiquiatra que atua em Itaipuaçu, falou sobre os benefícios da interconsulta para discutir de forma interdisciplinar cada caso, garantindo uma abordagem mais efetiva. “O modelo interconsulta é uma ação colaborativa entre profissionais de áreas distintas. Essa atuação acontece bem antes da chegada do usuário, na discussão interdisciplinar e integrativa de cada caso, sendo essencial para garantir efetividade. Com isso, rompemos estigmas, garantimos trocas mais efetivas entre profissionais e estabelecemos diálogos para efetivar a assistência à população”, concluiu.

Emap promove acolhimento qualificado

Os profissionais do Emap atuam na atenção aos usuários com transtornos psicossociais moderados, trabalhando próximos aos territórios com cuidado integral e especializado, seguindo a lógica antimanicomial. 20 trabalhadores integram as equipes compostas por psicólogo, assistente social, psiquiatra e terapeuta ocupacional, divididas por distritos. A Emap atua de forma volante, em contato com as 25 Unidades de Saúde da Família (USF). Para acessar o serviço, é necessário que o usuário passe por atendimento e avaliação na sua USF de referência.

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