Homem é filmado agredindo e sufocando enteado de quatro anos em Niterói. Foto: Reprodução.
A Polícia Civil pediu a prisão de Victor Arthur Possobom, 32 anos, que foi flagrado por câmeras de segurança dando socos e sufocando o enteado, de apenas 4 anos, em um condomínio no bairro de Icaraí, em Niterói, na Região Metropolitana. No entanto, a decisão ainda não foi decretada pela Justiça. O crime aconteceu em fevereiro deste ano, mas as imagens só foram divulgadas nesta quinta (15).
A mãe da criança, Jéssica Brandão, 30 anos, prestou depoimento na 77ª DP (Icaraí) nesta quinta-feira (15). De acordo com a defesa da vítima, eles aguardam a decisão da Justiça.
Já a Polícia Civil, informou que a delegacia instaurou inquérito e investiga o caso. “Os agentes analisam as imagens registradas da agressão, coletam depoimentos e realizam demais diligências para esclarecimento dos fatos”, informou em nota.
Jéssica também acusa Victor por violência sexual, física e psicológica. Em relação a essas denúncias, a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói investiga o crime de violência psicológica e que o inquérito está em fase final de conclusão.
O caso
Em um dos vídeos divulgados nesta quinta (15), o agressor aparece dentro do elevador do prédio onde morava com o enteado, na Avenida Sete de Setembro. O menino se posiciona em um dos cantos do elevador e, em seguida, é sufocado por Victor. O padrasto parece não se preocupar com as câmeras de segurança.
Homem agride e sufoca enteado de 4 anos em condomínio de Niterói. Caso aconteceu em fevereiro deste ano.
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— Jornal O Dia (@jornalodia) September 15, 2022
Em outro vídeo, captado do hall do condomínio, o homem aparece sentado ao lado da criança e começa a brigar com ela. Victor olha ao redor para ver se alguém estava olhando e dá dois socos no rosto da criança, seguido de mais um sufocamento. Quando o homem percebe a chegada de uma senhora no local, ele para as agressões e disfarça. Após a série de maus tratos, o menino chora muito.
Em entrevista a agência O DIA, a mãe da criança, contou os momentos de terror que viveu ao lado de Victor. Ela relatou que engravidou do primeiro filho do casal em 2020 e logo foi morar com ele e o primogênito em Icaraí. Segundo Jéssica, era uma rotina de agressões somente com ela. No entanto, em fevereiro, o síndico do prédio contou sobre as imagens das agressões contra o seu filho e ela pediu a separação. Impedida de sair de casa, Jéssica conseguiu tirar o filho do convívio de Victor e ele passou a morar com o avô.
A mãe do menino também denunciou o ex-companheiro no mesmo mês, mas foi mantida em cárcere privado, sem poder sair de casa. Com medo da história repercutir, Victor levou Jéssica e o filho recém-nascido para Maricá, município próximo de Niterói. Nesta nova casa, a mulher conta que as agressões ficaram frequentes e que sofreu um aborto em julho por conta dos socos e tapas.
Os casos de agressão foram registrados em fevereiro deste ano. Questionada sobre a data da denúncia e a demora na apuração do caso, a Polícia Civil ainda não respondeu.
Fonte: O Dia.