Um vídeo de 2017, de cerca de dois minutos, em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa em uma loja da Maçonaria entrou na lista dos assuntos mais comentados da internet nesta terça-feira (4), segundo as plataformas Google Trends e Trend Topics do Twitter.
Durante sua fala, Bolsonaro alerta para um “perigo ideológico” e afirma que é preciso “fugir da política tradicional”. As imagens foram extraídas de um vídeo mais longo.
Neste ano, em 15 de setembro, Bolsonaro também participou de encontro com maçons, no “2º Encontro de Lideranças Empresariais Maçônicas”, em São Paulo.
Nas redes sociais, as imagens têm sido usadas por opositores para aumentar a rejeição do presidente em um dos segmentos mais fortes de seu eleitorado, os evangélicos. No meio, é comum encontrar teorias conspiratórias e falsas relações da maçonaria com “satanismo”.
A maçonaria contraria a fé católica. Em um documento de 1983, o Vaticano diz que os princípios da maçonaria sempre foram “considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja”.
“Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”, diz o documento, que foi aprovado pelo Papa João Paulo 2°.
No Twitter, usuários colocaram “maçonaria”, “muito grave” e “Bolsonaro satanista” entre os termos mais comentados da rede social nesta manhã.
O perfil “@printsbolsonaristas” reuniu reações de eleitores de Bolsonaro no Telegram e outras redes sociais, indicando que houve reação entre os grupos. Adeptos de teorias da conspiração reagiram negativamente ao vídeo.
Maçons aliados
Há diversos maçons entre os alidados do presidente Jair Bolsonaro. O general Antonio Hamilton Mourão, 65, vice-presidente e eleito senador pelo Rio Grande do Sul, é maçon há mais de 20 anos e participa com frequência de encontros em lojas e eventos relacionados.
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Kassio Nunes Marques declarou em 2010 ser mestre da Maçonaria, um grau considerado elevado na organização.
A informação consta do currículo que ele entregou ao Ministério da Justiça, em abril daquele ano, como parte do processo de recondução ao cargo de juiz do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Piauí.
Por: Band