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Rússia usa estupro como “estratégia militar” na Ucrânia, diz enviado da ONU

A representante especial da Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre violência sexual em conflitos, Pramila Patten, disse que a ONU verificou “mais de cem casos” de incidentes de estupro ou agressão sexual na Ucrânia desde fevereiro, citando em parte as conclusões de um painel de especialistas da entidade em setembro.

A CNN fez um relatório na época sobre as descobertas da Comissão Internacional Independente da ONU sobre a Ucrânia. A comissão disse que descobriu evidências de crimes de guerra, incluindo casos de estupro e tortura de crianças, sem especificar o número de casos alegados. Patten, no entanto, foi mais específica em seus comentários.

“Quando você ouve mulheres testemunhando sobre soldados russos equipados com Viagra, é claramente uma estratégia militar”, disse a representante especial da ONU sobre violência sexual, na quinta-feira (13).

Segundo ela, a idade das vítimas de violência sexual nos casos investigados pela ONU varia de quatro a 82 anos. “Há muitos casos de violência sexual contra crianças, que são estupradas, torturadas e sequestradas”.

CNN não pode verificar essas alegações de forma independente.

Patten também afirmou que o número de vítimas “nunca vai refletir a realidade”, porque é um crime subnotificado. “Não parei desde fevereiro para enfatizar a importância de ter investigações confiáveis ​​sobre esses casos de violência”, disse.

Em junho, a vice-ministra de Assuntos Internos da Ucrânia, Kateryna Pavlichenko, disse que a polícia recebeu cerca de 50 queixas de crimes sexuais cometidos por soldados russos. Os promotores também estão investigando uma série de alegações de estupro na região de Kharkiv depois que a Ucrânia recentemente recapturou território lá.

O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, foi questionado em setembro sobre alegações de que forças russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia, antes de o painel da ONU relatar suas descobertas, ao qual ele respondeu que era tudo uma “mentira”.

POR: CNN BRASIL/DANIEL REIS

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