Ícone do site GAZETA 24HORAS RIO

Daniel Soranz culpa ministério por interrupção de vacinação em crianças no Rio

Daniel Soranz realizou entrevista no Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, em Copacabana. Pedro Medeiros.

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (26) no Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, em Copacabana, Zona Sul do Rio, para explicar sobre a interrupção da vacinação contra a Covid-19 em crianças de 3 a 4 anos.

A suspensão da imunização dessa faixa etária foi anunciada nesta terça-feira (25) devido a falta da vacina CoronaVac, autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esse tipo de público. De acordo com Soranz, apenas 16% das crianças entre 3 e 4 anos foram vacinadas no município.

O secretário informou que procurou o Ministério da Saúde diversas vezes nos últimos três meses para o envio de novas doses, mas até o momento não recebeu retorno sobre a previsão de entrega. Soranz completou que também solicitou o envio da Pfizer infantil, aprovada há um mês pela Anvisa para crianças de 6 meses a 4 anos. No entanto, não há previsão de distribuição.

“O Ministério da Saúde não se programou para enviar as doses. Hoje, nós temos uma baixa cobertura de vacina para Covid-19 em crianças de 3 a 4 anos. Essa faixa etária é a que mais preocupa a gente neste momento porque é a que tem menor cobertura vacinal. Desde o início, nós recebemos uma quantidade de doses para essa faixa etária muito pequena. A mais de três meses a secretaria oficia o Ministério da Saúde para que pudéssemos receber mais doses e ajustar essa distribuição. São duas situações muito preocupantes: as crianças de 6 meses a 4 anos e as crianças de 3 a 4 anos que podem tomar a vacina CoronaVac”, discursou.

Questionado, o Ministério da Saúde informou que está em tratativas para a aquisição de mais doses da vacina para o público de 3 a 4 anos. Essa aquisição, segundo o órgão, leva em conta o ritmo de vacinação deste público e o avanço do número de doses aplicadas, que atualmente está em cerca de 40% no país. O ministério não respondeu sobre a distribuição da Pfizer infantil.

Poliomielite

A situação vacinal relacionada a poliomielite também preocupa o secretário. Soranz apontou que cerca de 140 mil crianças ainda não foram vacinadas contra a doença na cidade do Rio e ressaltou que a vacina está disponível em todas as unidades de saúde do município.

“Nós nunca vivemos uma cobertura tão baixa vacinal para tudo. A cobertura vacinal da pólio é a menor desde a nossa erradicação em 1989. A gente apela novamente para todos os pais e responsáveis que levem seus filhos para tomar vacina. Não deixem uma atitude irresponsável do familiar colocar a sua criança em risco”, disse o secretário.

Fonte: O Dia.

Sair da versão mobile