A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Defesa do Consumidor, realizou nesta quarta-feira (26/10) uma ação para marcar o mês de prevenção ao câncer de mama e de colo de útero, o Outubro Rosa. Numa parceria com a Secretaria de Saúde, foram realizadas, no auditório dos Serviços Integrados Municipais (SIM) do Centro, duas palestras sobre a importância e os métodos de prevenção às duas variedades da doença. Também foram feitos testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite B e C em aproximadamente 60 pessoas.
A coordenadora do programa municipal de HIV/AIDS, Laís Viegas, e a enfermeira Christiana Palmeira falaram aos presentes sobre como se prevenir e evitar os efeitos da doença. “O mais eficiente ainda é o exame do toque, mas que ainda é tabu para algumas mulheres. Por isso, nós ainda perdemos pacientes para o câncer, que poderia ser descoberto em tempo hábil de tratamento”, disse Christiana.
Segundo Laís Viegas, o mesmo preconceito é prejudicial para outras doenças, como o câncer de colo de útero, causado pelo vírus HPV, cuja vacina é aplicada em meninas na pré-adolescência. “Muitas mães não permitem que suas filhas se vacinem alegando medo de que elas tenham a vida sexual estimulada precocemente, o que é um engano. Mas nossas campanhas são ininterruptas e buscam também esclarecer à população”, afirmou a coordenadora.
De acordo com o secretário de Defesa do Consumidor, Felipe Paiva, a iniciativa surgiu com a criação de uma subsecretaria voltada para as mulheres, onde são realizadas rodas de conversa sobre consumo e economia familiar. “Também atendemos mulheres que caem em golpes virtuais e que sofrem algum tipo de assédio em pontos comerciais. Achamos importante firmar essa parceria e oferecer uma ação como esta num mês dedicado a elas”, ressaltou Paiva.
A subsecretária Roberta Furtado afirmou que o evento foi um sucesso com a procura que teve, e que chamou a atenção a participação dos homens. “Primeiro a iniciativa partiu de um homem, que é o nosso secretário, e também temos cerca de um terço dos exames feitos em homens. É importante ter esse apoio da parte deles”, pontuou.
Entre esses homens estava Guilherme William Amorim, de 27 anos, que trabalha no setor de cadastro de imóveis do SIM. Para ele, ações assim devem ser intensificadas. “Temos de pensar que é preciso evitar a transmissão dessas doenças que, às vezes, a gente nem sabe que tem, e ter mais consciência”, avaliou.
Outra servidora do SIM, Adriana Sales, também acredita que essas ações são importantes para disseminar a cultura da prevenção. “Precisa de mais participação popular. Isso deveria acontecer não apenas em outubro, mas em outros meses”, sustentou ela, que tem 55 anos.