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Chuva de mísseis russos atinge várias cidades ucranianas

Chuva de mísseis russos atinge várias cidades ucranianas. Foto: Divulgação

Várias explosões foram ouvidas hoje (31) na capital ucraniana, e as autoridades do país confirmaram ataques de mísseis russos em diferentes cidades. Os ataques ocorrem depois de Moscou ter acusado Kiev de atacar sua frota no Mar Negro e ter suspendido o acordo que permite o carregamento de cereais ucranianos.

“Mísseis russos atingiram infraestruturas críticas ucranianas. A Rússia continua a combater contra os civis e não no campo de batalha”, afirmou o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba. Várias áreas da Ucrânia estão sem energia e água.

Além de Kiev, foram atingidas as cidades de Kharkiv, Vinnytsia, Dnipropetrovsk, Zaporizhia e Lviv. Os moradores das regiões atacadas foram aconselhados a permanecer em abrigos.No início deste mês, a Rússia lançou o maior ataque desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Kiev e outras cidades ucranianas, numa resposta ao ataque de uma ponte na Crimeia.

Para Dmytro Kuleba, “a Rússia não pode justificar esses ataques como resposta. Moscou faz isso porque ainda tem mísseis e vontade de matar ucranianos”.

O porta-voz da Força Aérea da Ucrânia disse que a “Rússia tinha utilizado seus bombardeios para realizar ataques em massa”.

“A Rússia não está interessada em conversações de paz, nem na segurança alimentar. O único objetivo de Putin é a morte e a destruição”, acrescentou Kuleba.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de “fazer chantagem com a fome no mundo”, ao retirar-se do acordo de exportação de alimentos negociado pelas Nações Unidas e pela Turquia.A Rússia e a Ucrânia estão entre os maiores exportadores mundiais de cereais, e o bloqueio russo aos cereais ucranianos causou uma crise alimentar mundial no início do ano.

O Kremlin acusa Kiev de atacar sua frota no Mar Negro, em um ponto na Crimeia. A Ucrânia não confirmou nem negou esse ataque.

Entre os navios retidos está um que transporta dezenas de milhares de toneladas de trigo, fretado pelo Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas para resposta de emergência a países do Nordeste africano, como a Somália, Etiópia, Eritreia e Djibuti.

Segundo o Ministério ucraniano das Infraestruturas, “um total de 218 embarcações estavam efetivamente bloqueadas”.

Nesse domingo, nenhum navio zarpou. As Nações Unidas informaram que foi feito acordo com a Turquia e a Ucrânia para que hoje pelo menos 16 embarcações (12 partindo e quatro entrando), carregadas com cereais, possam navegar no Mar Negro. Até agora não houve resposta da Rússia.

Fonte: Agência Brasil.

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