Foto: Divulgação.
Pelo menos 12 pessoas morreram, nessa quarta-feira (16) à noite, em protestos e trocas de tiros em várias regiões do Irã, informaram os meios de comunicação social do país.
O Irã tem sido abalado por uma onda de protestos desde a morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, detida três dias antes pela polícia da moralidade por violar o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.
O caos dos protestos foi “explorado por grupos terroristas” para cometer um atentado na cidade de Ize, no Sul do país, informou a agência estatal iraniana Irna.
Homens armados em motocicletas abriram fogo sobre populares e policiais no mercado central da cidade, matando pelo menos sete pessoas e ferindo 15.
Três suspeitos foram detidos por suposto envolvimento no ataque, disse Ali Dehqani, chefe do Departamento de Justiça da província do Cuzistão, onde se encontra Ize, de acordo com a agência de notícias Tasnim.
Em outro ataque, homens armados também em motocicletas dispararam contra as forças de segurança na cidade de Isfahan, no centro do Irã, mataram dois basiji (milicianos islâmicos) e feriram oito.
Além disso, três pessoas morreram na cidade de Semirom, na província de Isfahan, em circunstâncias ainda desconhecidas.
Os protestos intensificaram-se desde terça-feira (15), na sequência de um apelo de ativistas para comemorar as mobilizações antigovernamentais de 2019, durante as quais foram mortas 300 pessoas, segundo a organização não governamental de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional.
Estão ocorrendo greves em várias cidades iranianas, mas é difícil saber o alcance do movimento devido às limitações da Internet e à falta de informação oficial.
Os protestos levam às ruas principalmente jovens e mulheres que gritam “mulher, vida, liberdade”, cantam slogans antigovernamentais e queimam véus, um dos símbolos da República Islâmica.
Pelo menos 326 pessoas, incluindo 43 menores, morreram no movimento de repressão policial, de acordo com a organização não governamental Iran Human Rights, com sede em Oslo.
Além disso, cinco pessoas foram condenadas à morte pela participação nos protestos, enquanto cerca de duas mil foram acusadas de vários crimes por se manifestarem.
Fonte: Agência Brasil.