Nem todo mundo é fã de reality show, mas existem situações que arrebatam a atenção até de quem não curte a atração. É quando as máscaras caem e o lado obscuro do comportamento humano vem à tôna. Aí não tem jeito; mesmo odiando o que está vendo o público fica atento à cada detalhe torcendo e participando para que justiça seja feita. Como no caso do confronto Deolane Bezerra x Barbara Borges em “A Fazenda 14”.
Durante a atração da Rede Record, talvez a atriz Barbara Borges tenha sido a participante de reality mais xingada e humilhada da história da TV Brasileira. As ofensas eram tão covardes e sem nexo a ponto do público não saber nem entender o porque de tanto ódio transferido pela então “advogada” e “influenciadora digital” Deolane Bezerra.
Uma situação similar aconteceu na edição do BBB 21 onde Karol Conká diminuía a atriz Carla Dias com ofensas, insultos e acusações. Mas nada comparável às cenas protagonizadas por Deolane Bezerra e Barbara Borges. Essas questões levantadas ao vivo em rede nacional nos fazem refletir como o assédio moral, a violência verbal e psicológica podem afetar as pessoas. Ali é um programa de TV onde o público interfere e vota a favor de quem julga estar certo. No entanto, esse tipo de situação acontece todos os dias com milhares de pessoas que na maior parte sofrem sozinhas e caladas. Segundo matéria publicada no site https://super.abril.com.br/ “Na vida normal, é fácil escapar de situações que gerem algum problema, e sempre há uma autoridade a quem invocar em caso de conflito: o síndico do prédio, o RH da empresa, a diretora da escola.
Num reality show não. Você precisa resolver tudo na raça. E o ambiente estimula os conflitos, já que os participantes ficam em competição constante.
Quando o pessoal entra na casa, tudo é novidade, claro. É como o primeiro dia da escola ou um novo emprego: nossa atitude é analisar o ambiente. Depois, procuramos semelhanças entre as pessoas, e ficam os amigos de quem despertou nossa empatia. Normal.
Então começa a análise política. O jogo ali é equilibrar o desafio de eliminar participantes do jogo e evitar que você seja esse eliminado. Dessa forma, não há como fazer amizade com todo mundo e fica por isso mesmo. Os participantes precisam detectar quem tende a colaborar com eles, e identificar possíveis traidores. E aí criam-se as panelas. “Todos nós buscamos, de alguma maneira, posicionamentos dentro da vida social”, diz Marcelo Santos, professor de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.”