Os trabalhadores com saldos em contas ativas ou inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) têm até esta quinta-feira (dia 15) para fazerem o saque extraordinário de R$ 1 mil, que foi liberado pelo governo federal em 2022.
Segundo a Caixa Econômica Federal — que é banco gestor dos recursos —, cerca de 12 milhões de trabalhadores ainda podem fazer a retirada, num total aproximado de R$ 8 bilhões. O saque pode ser feito via aplicativo Caixa Tem, por meio de uma conta poupança digital aberta automaticamente pelo banco em nome do trabalhador.
Como consultar?
A consulta para saber se tem direito ao saque extraordinário de R$ 1 mil pode ser feita pelo aplicativo FGTS e nas agências do banco.
Pelo app FGTS, o trabalhador pode verificar se tem direito ao saque. Até 10 de novembro, havia também a possibilidade de desfazer a operação, se não quisesse retirar o dinheiro. A quantia, então, voltava para a conta original do Fundo de Garantia.
Se o cotista cancelou o crédito e agora se arrependeu, ele ainda pode usar o mesmo aplicativo para solicitar o saque. O dinheiro, então, vai para a conta poupança social digital, podendo ser movimentado pelo Caixa Tem.
Pelo Caixa Tem, é possível pagar boletos e contas de consumo e utilizar o cartão de débito virtual e o QR Code para fazer compras em supermercados, padarias, farmácias e outros estabelecimentos comerciais. É possível ainda transferir o dinheiro para outra conta bancária ou sacar valores em caixas eletrônicos da Caixa ou casas lotéricas.
Como é feito o pagamento?
Se o titular tiver mais de uma conta de FGTS, o saque é feito na seguinte ordem: primeiramente, as contas referentes a contratos de trabalho já extintos, a começar por aquela que tiver o menor saldo; em seguida, as demais contas vinculadas, com início por aquela que tiver uma quantia menor.
Segundo a Caixa, o saque extraordinário já foi feito por mais de 45 milhões de trabalhadores, somando quase R$ 31 bilhões.
Dinheiro pode ter voltado para o FGTS, mas saque ainda é possível
É importante destacar que, ao longo do ano, a Caixa criou essas contas automáticas e liberou o dinheiro. Mas, no caso de quem ainda não fez a retirada, a quantia já pode ter voltado para a conta original de FGTS, com correção. Neste caso, o cotista ainda pode procurar o banco e pedir a liberação do dinheiro.
Outras pessoas não tiveram o dinheiro liberado automaticamente por determinação judicial ou por dados inconsistentes no sistema, por exemplo. Neste caso, cabe procurar o banco.
A Caixa destaca também que o saque extraordinário de R$ 1 mil não é liberado se houver algum valor bloqueado na conta do Fundo de Garantia. É o caso, por exemplo, de quem fez um empréstimo bancário dando o saque-aniversário como garantia de pagamento.
Diferença entre saque extraordinário e saque-aniversário
Vale esclarecer que este saque extraordinário de R$ 1 mil — a ser feito uma única vez neste ano — é diferente do saque-aniversário, aquele em que o trabalhador, após aderir à modalidade, pode retirar todos os anos um percentual de seu fundo mais uma parcela variável, de acordo com o saldo disponível. São propostas distintas.
No caso específico do saque-aniversário, após fazer a adesão também pelo aplicativo FGTS, o trabalhador não poderá mais sacar o dinheiro depositado ao longo dos anos de trabalho se for demitido sem justa causa. Neste caso, o cotista terá direito apenas à multa rescisória de 40% paga pelo empregador.
Além disso, após aderir ao saque-aniversário, se o trabalhador quiser voltar para a modalidade saque-rescisão — aquela em que pode sacar todo o FGTS se for demitido —, será preciso esperar dois anos.
Tira Dúvidas
E se eu não quiser receber o montante?
Como o prazo para desfazer o benefício encerrou no dia 10 de novembro, o trabalhador que não quiser o saque extraordinário não deve movimentar os valores. Assim, o benefício retorna ao Fgts sem qualquer prejuízo.
Só posso sacar na data marcada?
Os trabalhadores podem acessar o dinheiro a partir da data de liberação. Todas as datas estabelecidas pela Caixa com base no aniversário já passaram, ou seja, qualquer pessoa com direito ao benefício já pode acessar o saque no Caixa Tem. No entanto, as movimentações estão disponíveis apenas até o dia 15 de dezembro.
Como desbloquear o acesso no aplicativo da Caixa Tem?
Ao acessar o aplicativo Caixa Tem, a plataforma pede que o acesso seja desbloqueado por meio de um link enviado para o e-mail cadastrado, mas atenção: o link deve ser aberto pelo próprio celular. No computador, dá erro. No mais, se houver algum problema com autenticação, o usuário pode desinstalar e instalar o aplicativo novamente.
Quando acesso o email enviado, uma mensagem me direciona para uma agência bancária. É necessário?
Se você recebeu essa mensagem, possivelmente o banco identificou problemas no seu cadastro. Compareça a uma agência com documento de identidade para regularizar o cadastro.
Não consigo acessar o Caixa Tem. Como posso resolver?
Vá até uma agência bancária e informe o problema de acesso. Assim, será possível solicitar a regularização.
Esqueci a minha senha do aplicativo. Dá pra recuperar?
O processo para recuperação de senha é bem simples. Logo na tela inicial de login, clique em “rRecuperar senha” e informe o CPF. As informações para recuperar a senha serão enviadas para o seu e-mail.
Meu Caixa Tem está bloqueado. E agora?
O aplicativo Caixa Tem pode ser bloqueado por algumas razões. Em caso de irregularidades no cadastro, a plataforma indica ir até uma agência em alerta na tela do celular.
Quando muitos CPFs estão cadastrados no mesmo número de celular, a conta pode ser bloqueada porque há um limite estabelecido. De acordo com a Caixa, para resolver, é só pedir a exclusão de algum dos CPFs em uma agência bancária.
O contrário também pode levar a bloqueios: um mesmo CPF cadastrado em mais de um aparelho. A orientação é também comparecer em uma agência e pedir a exclusão dos números dos quais você não pretende mais acessar o app.
Em todos os casos, é necessário levar um documento de identificação.
Alerta
A Caixa ressalta que não envia mensagens com solicitação de senhas, dados ou informações pessoais. Também não envia links ou pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou WhatsApp.
Fonte: O Dia.
