Apoiadores de Jair Bolsonaro acampam em protesto contra Lula no quartel-general do Exército em Brasília. Foto: REUTERS/Adriano Machado.
Um dos últimos atos do comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, antes de transmitir o cargo para seu sucessor, general Júlio Cesar de Arruda, foi uma intermediação para que as polícias do Distrito Federal não realizassem uma operação de remoção de barracas do acampamento em frente ao quartel general do Exército em Brasília.
As polícias chegaram ao local por volta das 6h30 desta quinta prontas para fazer a remoção, mas duas horas depois veio a determinação do Comando do Exército para que nada fosse feito.
Oficialmente, o Exército informou que a operação foi suspensa “no intuito de manter a ordem e a segurança de todos os envolvidos”. Houve, porém, desconforto por parte das polícias do Distrito Federal com a ordem.
Na área hoje há cerca de 100 pessoas acampadas, um número bem menor aos 30 mil que chegaram a ocupar o espaço após o segundo turno das eleições. Aos finais de semana, chegam a circular por lá cerca de 1000 pessoas.
Nos últimos dias, o Governo do Distrito Federal e o Exército divergiram sobre a remoção. Os militares consideram o movimento pacífico e rejeitam uma atitude brusca de remoção. Para o governo local, contudo, a remoção já poderia ter ocorrido, mas como a área é militar, há uma dependência do Exército para que qualquer atitude seja feita.
Na manhã desta sexta-feira, o novo comandante do Exército assumiu o posto por volta das 10h em cerimônia fechada e há expectativa de que possa haver uma nova determinação sobre o acampamento.
Fonte: CNN Brasil.