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Família de gerente morto depois de briga em bar da Baixada mostra preocupação com suspeito solto

Marcelo Madeira morreu ao ser baleado após uma confusão no bar onde trabalhava em São João de Meriti. Foto: Reprodução.

A família de Marcelo Corrêa Madeira, morto após ser baleado durante uma briga no bar em que trabalhava em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, está preocupada com o andamento das investigações que até o momento não resultaram na prisão do suspeito do crime.

De acordo com familiares, o policial militar Carlos Henrique Nobre Alves, que estava de folga, seria o autor do disparo que atingiu a perna de Marcelo na madrugada de domingo (15) na frente do Botequim Papo Furado, onde a vítima era gerente. O homem chegou a ser socorrido até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jardim Íris, mas não resistiu.

Em conversa, Tuanny Melo, prima de Marcelo, contou que existe um medo do que pode acontecer caso o suspeito permaneça solto. Ela ainda disse que o policial se entregou nesta segunda-feira (16), mas não ficou preso porque não tinha flagrante do crime.

“Estou com um sentimento de impotência, desamparo, decepcionada e extremamente triste por não termos um suporte melhor das autoridades. Tínhamos certeza que as investigações teriam um empenho maior, já que temos o vídeo e testemunhas. Estamos com medo já que o policial está solto. Não sabemos como será daqui para frente”, contou.

Mesmo com esses sentimentos, Tuanny ressaltou que está confiante que a justiça será feita. No dia do crime, uma câmera de segurança do bar flagrou o momento da briga. Marcelo aparece dando um soco em um dos envolvidos e o segurando pela camisa. Depois, o suspeito do crime aparece, joga um objeto contra a vítima e atira em sua perna.

Marcelo deixou a mulher e um filho de 16 anos. Seu sepultamento aconteceu na tarde desta segunda-feira (16) no Cemitério Israelita de Vila Rosali, em São João de Meriti. Apaixonado pelo Fluminense, os familiares e amigos da vítima levaram camisas e bandeiras do clube como forma de homenagem. Marcelo era vice-presidente da Força Flu, uma das torcidas organizadas do time.

Questionada, a Polícia Militar informou que a Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), unidade subordinada à Corregedoria Geral da Polícia Militar (CGPM), está realizando diligências e instaurou um procedimento interno para apurar o suposto envolvimento do policial Carlos Henrique Alves.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Procurada, a Polícia Civil ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestações.

Fonte: O Dia.

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