O número de pacientes com covid-19 que precisam de cuidados intensivos nos hospitais da China atingiu o pico, disseram autoridades de saúde nesta quinta-feira (19), no momento em que milhões viajavam pelo país para encontros há muito esperados com famílias, aumentando o temor de novos surtos.
Tem havido ceticismo generalizado sobre os dados oficiais da China em relação à doença, desde que o país suspendeu abruptamente a política de covid zero, no mês passado, que protegeu 1,4 bilhão de pessoas da doença na China por três anos.
No sábado passado, a China disse que quase 60 mil pessoas com covid-19 morreram em hospitais entre 8 de dezembro e 12 de janeiro – um aumento de aproximadamente dez vezes em comparação a divulgações anteriores.
No entanto, esse número exclui aqueles que morrem em casa, e alguns médicos na China disseram que são desencorajados a colocar covid-19 em atestados de óbito.
À medida que as viagens aumentam, durante a movimentada temporada de feriado do Ano Novo Lunar, até 36 mil pessoas podem morrer da doença por dia, de acordo com as últimas previsões da empresa de dados de saúde Airfinity, com sede no Reino Unido. Outros especialistas preveem que mais de 1 milhão morrerão da doença este ano.
Mas uma autoridade da Comissão Nacional de Saúde disse, em entrevista coletiva hoje, que a China passou o período de pico de pacientes com covid-19 em clínicas, salas de emergência e com condições críticas.
O número de pacientes em condições críticas nos hospitais era mais de 40% menor em 17 de janeiro do que o pico observado em 5 de janeiro, afirmou uma autoridade.
Os novos dados foram divulgados depois que o presidente Xi Jinping expressou preocupação com o fato de as áreas rurais estarem mal equipadas para lidar com um aumento de infecções, já que o feriado, que começa oficialmente em 21 de janeiro, leva multidões de moradores de volta para suas cidades natais.
Fonte: Agência Brasil.