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Após declaração de agentes, Light rebate e diz que não houve queda de energia em presídio de Bangu

Presídio de Gericinó, na Zona Norte do Rio (Foto: Tatiana Campbell / Super Rádio Tupi)

Após a fuga do três criminosos de alta periculosidade da Penitenciária Lemos Brito (Bangu VI), em Bangu, Zona Oeste, no último domingo (29), os inspetores que estavam de plantão durante a madrugada, declararam em depoimento que as câmeras da unidade estavam desligadas na hora da fuga por conta de uma queda de energia.

Os três fugiram em torno das 3h e, no momento, deveria haver sete policiais penas de plantão, porém, dois faltaram ao trabalho na ocasião. Naquela madrugada, cada agente ficou responsável por cerca de 140 detentos, já que a prisão possui 700 presos.

Jean Carlos Nascimento dos Santos, o Jean do Dezoito, Marcelo de Almeida Farias Sterque, o Marcelinho da Merindiba, e Lucas Apostólico da Conceição, o Índio do Jardim Novo, conseguiram fugir sem ser notados e sua ausência só foi percebida pela manhã, durante a contagem de presos na troca de turno.

Os criminosos usaram uma escada feita com lençóis e madeira para pular os dois muros que cercavam a prisão. No momento da fuga, as guaritas estavam vazias. Ainda assim, as câmeras de segurança deveriam ser suficientes para vigiar os presos, porém, segundo depoimento dos policiais penais, os equipamentos tiveram problemas por conta de uma queda de energia no sábado (28) provocada pela chuva.

No entando, a Light, responsável pela energia do local, nega que houve interrupção no fornecimento no determinado dia. A empresa informou que faltou energia somente no domingo, horas após a fuga, no horário entre 15h57 e 23h por conta da queda de galhos de árvore sobre a rede elétrica em função do temporal.

A empresa ainda ressalgou que “assim como hospitais, presídios precisam ter geradores para suprir a carga em caso de falha de energia por conta da concessionária como a de domingo, causadas por intempéries”.

Celular na cela

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) revelou que encontrou, no domingo, um celular na cela dos três detentos foragidos da Penitenciária Lemos Brito. O aparelho já foi encaminhado para a 34ª DP (Bangu), responsável pelas investigações, que está analisando as informações contidas no objeto.

Além disso, a Seap também informou que os servidores que estavam de plantão na unidade no momento da fuga foram substituídos por outros funcionários, para garantir maior segurança.

Ainda no domingo, a secretária Maria Rosa Lo Duca Nebel colocou a Divisão de Recaptura (Recap) da Polícia Penal na rua em busca dos foragidos e determinou a transferência imediata de Alcimar Pereira dos Santos, Anderson Ribeiro Dias e outros 13 detentos pertencentes à mesma facção dos foragidos, para o presídio de segurança máxima Bangu 1.

Operação em Bangu

Nesta terça-feira (31), policiais do 14º BPM (Gericinó) realizam uma operação na comunidade Minha Deusa, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, com objetivo de localizar os três presos de alta periculosidade que fugiram da Penitenciária Lemos de Brito, no Complexo de Gericinó, no último domingo.

De acordo com a corporação, policiais também estão na Estrada Manuel Nogueira de Sá, uma das principais vias entre as Zonas Oeste e Norte do Rio. Agentes do 14º BPM (Bangu) e da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) circulam pela região em busca de pistas sobre os fugitivos.

Na ação, um criminoso, foragido da Justiça, foi preso na Vila Vintém, também em Bangu. Com ele, foram apreendidos uma pistola 9mm, rádio transmissor, cinto de guarnição e material entorpecente a contabilizar.

Cartaz oferece recompensa for fugitivos

Nesta segunda (30), o Disque Denúncia divulgou um cartaz oferecendo uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levem a cada foragido. As denúncias têm anonimato garantido.

Os telefones de contato são o 2253-1177 ou 0300-253-1177; Também é possível entrar em contato pelo WhatsApp no número: (21) 99973-1177 ou até pelo aplicativo do Disque Denúncia RJ.

Fonte: O Dia.

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