Dois crimes ocorridos em seis meses tiraram vidas e sonhos de duas jovens, em Itaipuaçu, no município de Maricá, na Região Metropolitana do Rio. Com idades de 16 e 18 anos, respectivamente, a estudante Maria Eduarda de Oliveira Ramos e a balconista Yazabelli Cristinne Souza de Oliveira ficaram desaparecidas por quase uma semana. Elas foram encontradas mortas, em ocasiões distintas, numa mesma estrada, separadas por uma distância de pouco mais de três quilômetros. Os dois casos são investigados em sigilo pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí ( DHNSGI) e não estariam ligados um ao outro. Um suspeito já foi identificado em um dos assassinatos.
Ele não teve o nome revelado para não atrapalhar o trâmite do inquérito que apura morte de Yzabelli.
De acordo com a advogada Ingrid Menendes, que auxilia familiares das duas vítimas e integra o movimento mulheres juntas por Maricá, o corpo de Yzabelly foi encontrado na Estrada dos Cajueiros, próximo à Rodovia RJ 106, em Itaipuaçu, no dia 26 de julho de 2022. Moradora de São Gonçalo, ela havia se mudado para Maricá para ficar em companhia da mãe Lucimara Dias se Souza, de 39. A jovem havia sido vista com vida pela última vez no dia 19 do mesmo mês e ano
— A mãe da Yzabelly trouxe ela para Maricá com medo da violência, já que anteriormente ela morava em uma comunidade de São Gonçalo. A vítima mudou-se uns oito meses antes do crime ocorrer. A maior revolta da Lucimara é a de que ninguém ainda foi preso por conta deste crime — contou a advogada.
A principal linha investigada pela polícia é a de que Yzabelly tenha sido vítima de violência sexual antes de ter sido assassinada. Por conta do avançado estado de decomposição do corpo, a perícia foi inconclusiva e não conseguiu esclarecer a causa exata da morte da jovem. Já Maria Eduarda de Oliveira Ramos foi encontrada sem vida, nesta segunda-feira, na Estrada dos Cajueiros, quase esquina com a Rua 66, também em Itaipuaçu.
Ela estava desaparecida desde o dia 21 de janeiro, quando saiu de casa sem revelar para onde iria. A exemplo do caso de Yzabelly, o corpo da estudante também estava em estado de decomposição. Ela foi reconhecida por parentes por uma pulseira que usava e pelas unhas. Nesta terça-feira, a Polícia Civil informou que um exame necropapiloscópico confirmou oficialmente que o cadáver é realmente de Maria Eduarda. Segundo a advogada Ingrid Menendes, o corpo da jovem não apresentava marcas de tiros ou fraturas.
— O corpo passou por um raio x e não foi constata fraturas. Também não havia marcas de perfurações de tiros — disse a advogada.
POR: EXTRA ONLINE