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    Grávida processou radiologista preso por diagnóstico errado durante exame

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    O médico radiologista Martinho Gomes de Souza Neto

    O radiologista Martinho Gomes de Souza Neto, preso por importunação sexual a pacientes de pelo menos duas clínicas em Copacabana, também é alvo de um processo cível indenizatório por errar o diagnóstico de um exame. Em março do ano passado, ele recomendou uma curetagem a uma mulher grávida, durante uma ultrassonografia obstétrica, informando que o feto estava morto. Ao procurar atendimento em outra clínica, Joiseane Farias, de 30 anos, foi informada que os batimentos cardíacos do bebê estavam normais.

    A ação indenizatória por danos morais foi movida em abril de 2022 e pediu o pagamento de R$ 40 mil por danos morais à Josiane. Em setembro, o Juizado Especial Cível do Rio julgou o pedido improcedente por entender que não houve prejuízo da parte autora, uma vez que o bebê continuou vivo. O escritório que representa Joiseane recorreu da decisão em outubro e aguarda nova apreciação do magistrado.

    No dia 23 de março de 2022, Josiane buscou atendimento de emergência após um sangramento. Grávida de sete semanas, ela foi até a clínica onde o médico atuava para fazer um ultrassom e verificar se estava tudo bem. Durante o exame, o radiologista a informou que o embrião estava sem batimentos cardíacos, e a orientou a se procurar uma maternidade para realizar a curetagem — procedimento de raspagem do útero após um aborto.

    — Assim que saiu da clínica, ela e a filha não sabiam o que fazer, entrou em desespero, mais ainda quando ligou para o marido. O processo foi julgado improcedente em uma sentença péssima. O juiz foi insensível ao dizer, na decisão, que entendia que ela tenha sofrido um abalo, mas não dá ensejo de pedir indenização porque ela não perdeu o bebê. Nós recorremos, em outubro, e temos confiança de que isso vai ser acolhido no Tribunal. Não foi julgado ainda — relatou Mauro Scheer Luís, advogado que representa Joiseane.

    No mesmo dia, ela foi em outra clínica. A médica que prestou o atendimento informou que não havia indícios de aborto, uma vez que o útero não estava dilatado, e o sangramento era muito pequeno. A orientação foi que descansasse e voltasse no dia seguinte para fazer uma segunda ultrassonografia, que atestou que estava tudo normal e o feto apresentava batimentos cardíacos normais, compatíveis com sete semanas.

    Dali em diante, a gravidez seguiu sem intercorrências. A bebê Maria Alice, hoje com 4 meses de vida, nasceu em novembro do ano passado, de parto normal. “Está ótima”, disse Joiseane, que relatou sensação de alívio ao advogado, ao saber da prisão de Martinho Melo: “não vai mais fazer mal a alguém”, completou. Apesar das recentes acusações contra o médico, ela disse ao advogado que não sofreu nenhum assédio.

    Fonte: Extra.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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