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    Após foto, perfil em aplicativo de troca de mensagens de menina desaparecida prometeu mandar vídeo para a família

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    Ainda sem notícias do paradeiro de Alessandra Rangel Coelho Santana, de 12 anos, os parentes da menina, que desapareceu na segunda-feira (6), em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, tentam montar um quebra-cabeças do seu sumiço.

    Entre as peças está a foto enviada para a família na terça-feira (7), para supostamente provar que estava bem, e as mensagens, que também causaram estranhamento por não se parecerem com o jeito que a adolescente se comunica pelo aplicativo de troca de mensagens WhatsApp.

    A tia de consideração de Alessandra, Jéssica Eller, conta que após o envio da foto, o perfil que pertencia a menina no App – mas que não necessariamente era escrito por ela -, reafirmava que era ela mesma e prometia uma chamada de vídeo para mostrar que estava bem.

    ‘Sou eu, eu juro’

    “Na última mensagem que a gente teve dela, ela falava que ia fazer uma chamada de vídeo à noite, mas não aconteceu. Ela dizia: ‘Sou eu, eu juro, eu estou bem. À noite vou fazer uma chamada de vídeo, para vocês verem que sou eu. Eu juro’”, lembra a tia sobre a chamada que nunca aconteceu.

    Um pouco antes de encerrar o contato, familiares pediram para o perfil de Alessandra mandar uma mensagem de voz, para eles terem certeza de que era mesmo a menina e saberem se ela estava mesmo bem, mas não tiveram resposta.

    Alessandra Rangel segue desaparecida — Foto: Reprodução/Redes sociais
    Alessandra Rangel segue desaparecida — Foto: Reprodução/Redes sociais

    “A gente pediu para ela mandar áudio para pelo menos ouvirmos a voz dela, mas também nada”, disse, elogiando a sobrinha na sequência.

    “Sempre foi uma menina tranquila. Nunca deu dor de cabeça para os pais, sempre estudiosa. Muito apegada à família”, disse.

    Procurada, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), disse que segue investigando o caso e que os agentes fazem diligências.

    Família se divide para buscas

    A quinta-feira (9), terceiro dia de buscas por Alessandra Rangel, a família se dividiu em três frentes para tentar ser mais efetiva na localização da jovem.

    Um grupo, formado pelo pai da menina, Alessandro Santana, se concentrou nas buscas físicas, fazendo rondas nas ruas. Outro grupo, que envolvia a tia de consideração da jovem, Jéssica Eller, se concentrou na checagem de informações que chegavam pela internet e redes sociais.

    “Muita gente manda informação, manda pista. A maioria é falsa. Mas quando a gente acha que pode ter alguma relação, liga, checa, vai atrás”, diz Jéssica que divide ainda as informações que recebe com os investigadores da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), onde o caso está sendo investigado.

    Mãe passou mal

    O terceiro grupo da família de Alessandra ficou concentrado em cuidar da mãe da menina. Flávia Cristina, que passou mal com uma alta na pressão arterial, e precisou de cuidados.

    Flávia com a filha Alessandra: pais estão aflitos — Foto: Reprodução/Redes sociais
    Flávia com a filha Alessandra: pais estão aflitos — Foto: Reprodução/Redes sociais

    Na segunda-feira (6), logo após o sumiço da filha, foi o pai da menina, Alessandro Santana, que passou mal e precisou ir até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

    “Tanto o pai quanto a mãe estão sem comer direito há três dias já. Na segunda, o Alessandro passou mal com pressão alta e foi levado para uma UPA”, contou Jéssica.

    Desaparecimento e foto para a família

    Alessandra Rangel saiu de casa, em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, por volta das 6h30, do dia 6 de março para ir à escola, mas não assistiu às aulas. A adolescente foi vista pela última vez conversando com um homem desconhecido nos arredores do colégio.

    Após o sumiço, o aparelho celular da menina foi usado para fazer contato com a família na terça-feira (7), mas os parentes desconfiaram da mensagem e da foto de Alessandra que foi enviada.

    “Parece que ela foi obrigada a fazer aquela foto para a gente parar de procurar. Está com um olhar triste. Aparenta estar dentro de um carro. Disse para a prima que era um carro de aplicativo, mas é mentira. Alessandra saiu sem dinheiro”, contou a tia de consideração da menina, Jéssica Eller.

    Outro ponto que levantou suspeitas foi a mensagem que acompanhou a foto, que não parecia com o jeito de Alessandra escrever.

    “A mensagem estava escrita toda certinha, com ponto, com vírgula. Alessandra não escreve assim. Não parece que foi ela que escreveu”, disse Jéssica.

    Perfil falso na internet

    Todas essas informações já foram repassadas para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que já descartou que a jovem tenha fugido com um suposto jovem com quem falava pelo TikTok e que seria de Minas Gerais.

    De acordo com Jéssica Eller, um primeiro rastreio e cruzamento de informações feitos pela família apontaram que o perfil do jovem é falso e que uma outra pessoa, um homem mais velho, pode estar com a jovem.

    “Está praticamente descartada a possibilidade de ela estar com o menino do TikTok, que é um perfil falso. A gente acredita que ela foi enganada e está obrigada a ficar em algum lugar, e não manter contato com a família”, disse Jéssica.

    Perguntada sobre a sobrinha, Jéssica descreve Alessandra como uma menina tranquila e de bom relacionamento com a família.

    “É uma menina tranquila, nunca deu trabalho em nada, sempre dividia tudo com a família. Tanto é que o pai sabia que ela estava conversando pelo TikTok. Ela nunca faltou aula, só quando estava doente e agora nesses dias. A mãe dela, os pais, são muito cuidadosos com ela. Alessandra nunca saía sozinha”, diz a tia.

    Na quarta-feira (8), a Delegacia de Descoberta de Paradeiros emitiu um cartaz com os dados de Alessandra, usando a foto enviada pela jovem, que é a mais recente. Na terça-feira (7), o Disque-Denúncia já havia pedido ajuda com informações que pudessem indicar o paradeiro da menina.

    Além do uniforme, familiares disseram que Alessandra levou um vestido rosa e um tênis novo. O celular da adolescente foi desligado.

    Quem tiver informações que possam ajudar na investigação pode ligar de forma anônima para os números (21) 2253-1177 / 0300 253 1177 (interior) ou enviar uma mensagem para o WhatsApp dos Desaparecidos no +55 21 98849-6254.

    Cartaz da DDPA com informações de Alessandra — Foto: Reprodução
    Cartaz da DDPA com informações de Alessandra — Foto: Reprodução

    Fonte: G1.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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