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    ‘É um momento que não dá para descrever’, diz mãe de vítima de acidente que deixou seis mortos da mesma família

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     Vítimas de acidente em Guapimirim são enterradas - Filhos Elzo Gabriel Lima correia e Larissa Lima Correia. Domingos Peixoto / Agência O Globo 

    Na despedida das seis pessoas de uma mesma família vítimas do acidente envolvendo uma carreta e um carro, sábado, na rodovia BR-493, na altura de Guapimirim, parentes e amigos buscaram forças na espiritualidade. Eles fizeram um culto e cantaram hinos evangélicos.

    — O que nós temos para guardar é o tempo que passamos juntos, as boas lembranças. É um momento que não dá para descrever; a dor da saudade das crianças, do filho, da nora. É Deus que está sustentando — disse mãe de Jhonatan, Valéria de Assis Guimarães.

    O enterro aconteceu na segunda-feira, no cemitério Parque Nichteroy, no bairro do Laranjal, em São Gonçalo. Os pais, Leticia Gabrielle Fernandes de Lima, de 32 anos, e Jhonatan Guimarães Corrêa, de 35, foram enterrados com os filhos Gabrielle Lima Corrêa, de 10 anos, Isaque Lima Corrêa, de 8, Enzo Gabriell Lima Corrêa, 5, e a caçula Larissa Lima Corrêa, de 1 ano e quatro meses.

    Acidente deixa cinco mortos, sendo três crianças na BR-493, em Guapimirim
    Acidente deixa cinco mortos, sendo três crianças na BR-493, em Guapimirim

    A bisavó das crianças, dona Avilar Marinho de Assis, relembrou o último momento que viveu com o neto, a nora e os bisnetos.

    — Há 15 dias nós fomos para a cachoeira. Nos divertimos muito. Quero guardar as coisas boas. Amo meus netos e meus bisnetinhos. Fé em Deus. Estamos todos de coração partido. Um vai dar força para o outro e orar a Deus pelos dois que estão no hospital, a gente vai dar muito amor e carinho para eles — Avilar Marinho de Assis, bisavó das crianças.

    Uma vizinha de Valéria acompanhou o velório e o sepultamento da família para prestar solidariedade à amiga, que a ajudou quando ela perdeu o filho de 16 anos, após ele sofrer um ataque cardíaco.

    — Eu tive uma fase ruim e ela sempre ia lá em casa orar comigo, me deu muita força. Eu não esqueci. Em 2017 eu perdi meu filho quando ele tinha 16 anos, ele tinha um problema no coração. Eu sei como é a dor da perda, ainda pior nessa tragédia. Até hoje não me recuperei. Só pela graça de Deus, porque é muito difícil. O que me mantém ainda são as minhas filhas gêmeas — diz Daniela da Silva, de 45 anos.

    Dois pastores evangélicos da igreja da mãe de Jhonatan participaram e fizeram um culto, com orações e hinos.

    — O que nós temos para guardar é o tempo que passamos juntos. O que nós temos para guardar são boas lembranças. É um momento que não dá para descrever. A dor da saudade das crianças, do filho, da nora. É Deus que está sustentando — disse a mãe de Jhonatan, Valéria de Assis Guimarães.

    No acidente, houve uma colisão frontal entre uma carreta e um carro de passeio. O ocorrido causou interdição total da estrada na altura do km12, na região conhecida como Vale das Pedrinhas.

    O motorista da carreta envolvida no acidente, disse à polícia que perdeu a direção do veículo devido a um desnível na estrada. Em depoimento à 67ª DP (Guapimirim), ele alegou que tentou dar espaço a outra carreta que vinha no sentido contrário. O caso é investigado como homicídio culposo.

    Fonte: Extra.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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