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Justiça do Rio realiza mais uma audiência sobre morte em operação no Jacarezinho em 2021

Movimentação de Policiais na entrada do Jacarezinho. Foto: Marcos Porto/Arquivo/Agência O Dia

A Justiça do Rio realiza, nesta quarta-feira (22), a partir das 14h, mais uma audiência de instrução e julgamento do processo onde dois policiais civis são acusados da morte de Omar Pereira da Silva durante a operação no Jacarezinho, na Zona Norte, em maio de 2021. A ação deixou 28 mortos e se tornou a mais letal da história do Rio.

Douglas de Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira Pereira foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pela morte de Omar. Os dois são lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. O homem foi morto dentro de uma residência, na localidade conhecida como Beco da Síria.

Nesta audiência, que será realizada na 2ª Vara Criminal, duas testemunhas serão ouvidas a pedido da defesa: o major do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Renato Soares e um tenente da UPP do Jacarezinho, Leonardo Freitas Massari Augusto.

Embora chamados anteriormente, eles não compareceram na segunda audiência realizada em 30 de novembro, onde foram ouvidos os delegados de polícia arrolados pela defesa:
Fabrício Pereira, Fábio Salvadoretti e Gustavo Ribeiro. Já no dia 6 setembro, testemunhas de acusação foram ouvidas.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Douglas teria cometido o homicídio, enquanto Anderson cometeu crime de fraude, que, no documento, consta que o réu realizou a remoção de cadáver antes da perícia, fez apresentação falsa de uma pistola glock e um carregador e a ainda fez a “plantação” de uma granada no local onde Omar foi morto.

Douglas admitiu, durante o registro de ocorrência, ter atirado contra Omar, mas os dois policiais alegaram que o homem teria jogado uma granada contra eles antes de morrer.

Os agentes respondem por homicídio qualificado, por dificultar a defesa da vítima. De acordo com a denúncia do MP, Omar estava encurralado, desarmado e com um ferimento de tiro no pé no momento em que foi morto.

Após o ocorrido, o MPRJ abriu 13 investigações sobre as mortes, porém, 10 delas já foram arquivadas

Fonte: O Dia.

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