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    Traficantes paraenses escondidos no Rio são acusados de sequestrar e matar mulheres em favela de Itaboraí

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     Marcelle Gomes da Silva e Jeiciane Ribeiro da Silva Reprodução de rede social 

    Dois traficantes oriundos do Pará são acusados de envolvimento no sequestro e morte de duas mulheres em Visconde, Itaboraí, bairro cuja venda de drogas era comandada pelo também paraense Leonardo Costa Araújo, o Léo 41, morto em operação policial na última semana. Rodolfo Nascimento Silva, conhecido como Mão, e Pedro Henrique da Silva Souza respondem a processo na 1ª Vara Criminal de Itaboraí e são considerados foragidos. De acordo com a denúncia do Ministério Público estadual, Jeiciane Ribeiro da Silva e Marcelle Gomes da Silva foram executadas por suspeita de repassarem informações para milicianos. O crime aconteceu em novembro de 2021 e foi investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

    Pedro Henrique virou réu em agosto de 2022 e Rodolfo, em dezembro do mesmo ano. Além deles, outros quatro traficantes do Rio respondem pelo crime. O bairro do Visconde ficou sob domínio da milícia de 2016 até o segundo semestre de 2021, quando traficantes de drogas voltaram a comandar a área. Léo 41, que tinha acabado de chegar no Rio, foragido do seu estado de origem, ganhou o comando de Visconde e também de Porto das Caixas dos traficantes Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e de Edgar Alves de Andrade, o Doca.

    Rodolfo Nascimento, o Mão — Foto: Divulgação
    Rodolfo Nascimento, o Mão — Foto: Divulgação

    De acordo com as investigações, Jeiciane foi sequestrada dentro de sua casa, no Visconde, por dez homens armados, e levada para um local onde Marcelle já estava. Ambas ficaram amarradas e foram mortas a tiros. Segundo o MP, as duas já tinham integrado a milícia da região, atuando na cobrança de taxas, por foram executadas. Os corpos de ambos nunca foram encontrados.

    Pedro Henrique foi denunciado pelo Ministério Público estadual do Rio em julho de 2022, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e organização criminosa, junto com Josué Lucas Frazão Coutinho, José Carlos Barbosa dos Santos e Elci Correa do Prado Junior – todos integrantes do tráfico local. Todos foram identificados na primeira investigação do caso.

    Em um segundo inquérito, para identificar outros criminosos que participaram dos assassinatos, Rodolfo foi indiciado junto com Kelvin Lucas Bolckau da Silva, o Semente, que é do Rio. Todos os acusados tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.

    Rodolfo foi reconhecido por uma das testemunhas do crime após o assalto a uma joalheria no shopping Village Mall, na Barra, Zona Oeste do Rio, em julho de 2022. O homem, ao assistir a uma reportagem sobre o crime, reconheceu o criminoso nas imagens das câmeras de segurança. Mão foi identificado pela polícia no roubo à loja de joias e também teve a prisão decretada nessa investigação.

    Segundo as investigações, Léo 41 foi o primeiro bandido paraense a assumir o controle do tráfico de drogas em comunidades do Rio de Janeiro. Considerado um criminoso que gostava de ostentar, ele aparece em foto obtida pela Polícia Civil com um cordão de ouro ornamentado com bandeiras do Pará e o número 41 compondo a corrente, além de registrado no meio da bandeira.

    Leonardo Costa Araújo, o Leo 41, traficante apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará, era um dos alvos da ação policial — Foto: Reprodução
    Leonardo Costa Araújo, o Leo 41, traficante apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará, era um dos alvos da ação policial — Foto: Reprodução

    Na investigação, a Polícia Civil descobriu que Rodolfo utilizava outra identidade no Rio de Janeiro, com o nome de Rodrigo de Oliveira Santos. O criminoso tinha conseguido obter a identidade, expedida pelo Detran, no Rio de Janeiro, com dados falsos, mas com sua foto e impressão digital.

    A migração de criminosos do Pará para o Rio já vem ocorrendo desde 2018, mas Léo 41 foi o primeiro traficante paraense a assumir o controle do tráfico de drogas em terras fluminenses. No Pará, ele era apontado como chefe da maior facção criminosa do estado, a mesma que domina a maior parte das favelas no Rio. Além dele, outras 12 pessoas foram mortas durante operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na última quinta-feira. Na lista de mortos, há nove paraenses.

    Fonte: Extra.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
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