Foto: Alexandre R. Ducoff
Na última segunda-feira (17/04) os indígenas da Mata Verde Bonita (Restinga de Maricá) realizaram um ato contra o projeto Maraey da empresa IDB Brasil, na manifestação foram pedidos diversos pontos.
De acordo com informações, foram questionados a questão da preservação do meio ambiente, a retirada do nome Maraey (segundo Cacique Darci o nome significa Terra Prometida), a paralisação das obras, a retirada das colmeias de abelhas e um pedido de reunião com os políticos Washington Quaquá (Deputado Federal) e Fabiano Horta (Prefeito de Maricá), além dos representantes da IDB Brasil, sendo que os índios pedem a reunião na aldeia Mata Verde Bonita.
Até o fechamento desta matéria, aconteceram dois anúncios sendo uma por parte da Maraey e outra do Washington Quaquá.
NOTA DA MARAEY
“Sobre as manifestações da Aldeia Mata Verde Bonita, a IDB Brasil reitera que respeita posições contrárias ao empreendimento e está aberta a debates. No entanto, a empresa sempre rebaterá informações falsas, distorcidas ou contrárias à realidade, bem como zelará pela integridade física das pessoas diante de ameaças ou intimidações.
A empresa reafirma que busca um entendimento pacífico e benéfico para os integrantes da Aldeia Mata Verde Bonita. Conforme já anunciado publicamente, em diversas ocasiões, com objetivo de fortalecer a cultura Tupi-Guarani, a IDB Brasil, através do Instituto MARAEY, uma organização sem fins lucrativos, vai desenvolver, em parceria com indígenas, uma aldeia turística incorporada à área do empreendimento. Lá haverá espaço para divulgação cultural e para a venda de artesanato, além de um pequeno hotel-oca temático. Neste complexo indígena a Mata Verde Bonita, bem como as demais aldeias de Maricá representarão de forma perpétua suas culturas e costumes.
A IDB Brasil reitera que a Aldeia Tekpa Ka’aguy Hovy Porã (Mata Verde Bonita) se instalou temporariamente em área privada do empreendimento em 2013, durante o curso do licenciamento do projeto. A empresa segue trabalhando ao lado das lideranças indígenas da Mata Verde Bonita e de representantes da Prefeitura de Maricá e da FUNAI na busca por uma área definitiva para o assentamento permanente da aldeia, mais adequada às necessidades do grupo, com solo fértil e acesso facilitado à água, como pleiteia a comissão de representantes dos indígenas.
Sobre as obras, que seguem em curso, a empresa informa que não há decisão judicial vigente que impeça o desenvolvimento do empreendimento e que, cumprindo todos os protocolos e autorizações dos órgãos competentes, iniciou as obras de infraestrutura do empreendimento em 03 de abril de 2023.
Esta fase inicial dos trabalhos contempla a instalação de viveiro, além de resgate e manejo de flora e fauna, seguidos da demarcação e da limpeza do viário. Não há destruição da cobertura vegetal, nem impedimento de circulação de pessoas, exceto onde estão sendo desenvolvidas as atividades de interesse público. As vias principais serão doadas ao município e servirão como importante eixo entre Itaipuaçu, Centro de Maricá e Ponta Negra, reduzindo o impacto do trânsito na rodovia RJ-106 e, também serão doadas às concessionárias dos serviços públicos as redes de infraestrutura executadas.”
WASHINGTON QUAQUÁ
Em suas redes sociais, o ex-prefeito de Maricá e atualmente Deputado Federal, falou que é de suma importância a incorporação dos indígenas ao projeto turístico, além de destacar o Maraey como essencial para o turismo do Estado do Rio de Janeiro, porém é preciso ser feito com todo cuidado e respeitando o meio ambiente.
Abaixo um trecho da fala do político:
“Se forem inteligentes, incorporem os índios ao projeto turístico, assim como os pescadores e sua tradição em Zacarias”.
Veja o vídeo acessando o link https://fb.watch/j-Hsv3BilE/