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    Descobertas duas espécies de árvores frutíferas em áreas de Mata Atlântica no estado do Rio

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    Uvaia-pitanga é uma das espécies encontradas por pesquisadores. Foto: Thiago Fernandes / Jardim Botânico

    Duas espécies de árvores frutíferas, ameaçadas de extinção, foram encontradas em áreas de proteção ambiental nos municípios de Niterói e Maricá, Região Metropolitana do Rio. A descoberta foi feita por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Ceará (UFCE).

    As equipes acharam exemplares em localidades no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Niterói e Maricá), Parque Natural Municipal de Niterói, Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia (Maricá), e na Área de Proteção Ambiental do Morcego (Niterói), da Fortaleza de Santa Cruz, dos Fortes do Pico e do Rio Branco (Niterói).

    De acordo com informações do site do Jardim Botânico, as espécies foram nomeadas de Eugenia delicata (uvaia-pitanga) e Eugenia superba (cereja-amarela-de-niterói). Ambas pertencem ao gênero Eugenia, um dos mais diversos da flora brasileira, e produzem frutos comestíveis e saborosos para o ser humano, e também para a fauna silvestre, que dispersa suas sementes. São árvores altas e resultantes de florestas secas dentro da Mata Atlântica.

    A uvaia-pitanga tem o tronco marrom e fissurado, padrão semelhante ao de diversas outras espécies de Eugenia. No entanto, a copa pode ser reconhecida pelos ramos longos e pêndulos, com folhas relativamente pequenas e delicadas, sendo por isso nomeada de Eugenia delicata.

    Já a cereja-amarela-de-niterói tem o tronco avermelhado ou creme dependendo da estação do ano, com casca esfoliante, lembrando o tronco das goiabeiras.

    A uvaia-pitanga é conhecida por apenas seis pontos de ocorrência, e foi categorizada no estudo como Em Perigo (EN). Já a cereja-amarela-de-niterói é ainda mais rara, sendo conhecida apenas por três localidades, e foi classificada na pesquisa como Criticamente em Perigo (CR).

    “Os frutos comestíveis e saborosos dessas espécies podem e devem servir de apelo para sua conservação. Além disso, também são peças-chave na dinâmica ecológica da Mata Atlântica, participando, por exemplo, na manutenção da fauna silvestre”, destaca o pesquisador Thiago Fernandes, da Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico.

    As descobertas foram descritas em um recente artigo publicado na revista científica inglesa “Kew Bulletin”.

    Fonte: O Dia.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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